Restaurante Alma – Lisboa

Cozinha de autor com o cunho do chef Henrique Sá Pessoa

Com menos de um ano de existência, o Alma é um exemplo de sucesso, com a casa sempre cheia. O ambiente, a decoração, o serviço e a cozinha apontam em uníssono para a chave do êxito: o encontro harmonioso entre a mais alta qualidade e um acolhimento primoroso sem descurar o conforto.

Depois de sete anos de trabalho em conjunto, Henrique Sá Pessoa e o seu sub-chef, Daniel Costa, estreiam-se na aventura de abrir um restaurante próprio. Uma aventura sem muitos perigos, diga-se, tendo em conta os êxitos sucessivos da dupla, cujo percurso engloba casas como o Restaurante Xarope, em Cascais, o Restaurante La Villa, no Estoril, o Bairro Alto Hotel e o Sheraton, ambos em Lisboa.

Um projecto com Alma

O projecto conjunto ambicionava assim afirmar-se pela qualidade de topo e pelo requinte, com os quais se habituaram a trabalhar, proporcionando um ambiente próprio para a degustação. E assim nasceu o Alma. Um pequeno espaço em Santos, onde o branco impera.

Um ambiente verdadeiramente etéreo, onde uma nuvem-candeeiro se contorce junto ao tecto, numa alusão ao nome do restaurante. “Alma porque a vida de cozinheiro é muito difícil; mas quando o prazer de se confeccionar algo é seguido pelo prazer de quem o saboreia, então vale a pena. Alma porque sem ela a profissão não faz sentido”, explica Daniel Costa.

Alma Nocturna

Apesar de a partir das 16 horas já haver movimento para receber e preparar os ingredientes frescos acabados de chegar, o restaurante apenas está aberto para jantares, a partir das 19h30. Isto porque o projecto visa não a rentabilização do espaço mas a realização pessoal e profissional, aliada a uma determinada qualidade de vida. Enquanto Henrique reserva o tempo disponível para a família e para o basquete, Daniel volta-se para o ténis e para o surf.

Num ambiente a média luz, complementada pela luz trepidante de velas, o espaço mantém-se bem iluminado, sem contudo debelar o seu carácter íntimo. Através de orifícios circulares nas paredes alvas espreita a parede original, irregular e de tons ocre, fazendo um contraponto face à alvura dominante. São os “olhos da alma”, mais um apontamento de índole clean do trabalho conjunto do arquitecto Eduardo Malhado e da decoradora de interiores Catarina Ventura.

Ana Abranches 2009-10-07

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