Percurso pedestre de Alta Mora - Castro Marim

Caminho da Amendoeira

Todos os anos, em janeiro e fevereiro, o Baixo Guadiana fica coberto de branco graças ao florir das amendoeiras que pronunciam a chegada da primavera e oferecem um espetáculo cénico único. Descubra-o neste percurso de 11 quilómetros com os melhores panoramas da região e passagem por povoações perdidas na serra mas ansiosas por mostrar a sua hospitalidade e tradições.

Como qualquer percurso circular, também este não tem de começar num local fixo, mas o povoado de Alta Mora é um bom ponto de partida para o “Caminho da Amendoeira”. Com grau de dificuldade média, relevo sinuoso mas relativamente pouco acidentado, tem especial interesse nos dois primeiros meses do ano, altura em que as amendoeiras em flor tornam ainda mais vistosa uma paisagem já por si cativante. Pode ser feito a pé ou em BTT.

Os primeiros 600 metros são feitos em direção a Soalheira, um monte típico com meia dúzia de habitantes onde poderá encontrar o Sr. Jorge Guilherme com o seu rebanho de cabras de raça algarvia. Se tiver alguma dúvida sobre o caminho a seguir, pergunte-lhe como ir até ao antigo moinho de vento porque terá de passar por lá antes de chegar ao povoado de Casa dos Corvos.

Daqui siga pela estrada pavimentada mas pouco depois encontrará sinalização para mais um trilho de terra batida. Muito em breve (próximo do marco geodésico do Cerro da Alta Mora) terá à sua frente um dos mais belos troços do percurso, com a serra verdejante totalmente salpicada pelo branco das amendoeiras em flor. Esta caminhada ainda só agora começou mas dificilmente resistirá a fazer uma primeira pausa mais prolongada para apreciar o cenário em redor.

Vistas e gentes da serra

Após uma descida acentuada voltará por instantes à estrada principal antes de fletir de novo para o caminho de terra batida. Em poucos passos chegará a uma portela com vistas privilegiadas para a serra do Caldeirão e para a povoação com o mesmo nome, o próximo destino. E agora todos os santos ajudam porque o caminho é sempre a descer.

No trajeto para Pernadeira poderá beber água numa fonte (junto a uma alfarrobeira) ou então esperar mais uns metros até chegar ao café Pinto (à entrada do casario). Com um pouco de sorte talvez se cruze com a padeira e vendedora ambulante Maria Pereira, que terá todo o gosto em vender-lhe um pãozinho ou um bolo caseiro. 

Reconfortado o estômago é tempo de perseguir (agora sempre por estrada pavimentada) até Funchosa de Cima e Funchosa de Baixo, mais dois montes típicos do interior algarvio. Por esta altura, cerca de metade do percurso já estará realizado.

Nelson Jerónimo Rodrigues 2013-02-11

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