Parque Temático Molinológico de Oliveira de Azeméis

Num trajecto de quase 4 km, o parque procura recriar todo o percurso associado às actividades da secagem, moagem de cereais e ao fabrico do pão.
Os edifícios foram sempre construídos junto ao rio, aproveitando o declive do terreno. O maior aglomerado concentra agora a recepção, o núcleo museológico e zona multimédia.
O espólio deste parque temático inclui imagens dos protagonistas, as alfaias e utensílios usados durante anos pela população local.
Aqui funcionam os moinhos de rodízio horizontal e eixo vertical accionados pelo movimento das águas do rio. Num dos edifícios há um moleiro que coloca o milho e dá o impulso para girar a mó.
Na zona de moagem sente-se no cheiro a farinha acabada de moer. Enquanto gira a pesada roda de granito, no chão começa a crescer um monte de delicada farinha usada na confecção das padas.
Nas casas moinho em pedra dá para espreitar o movimento provocado pela água junto às estruturas hidráulicas em contacto com a água.
Há registos de que no século XVIII existiam moinhos de água em Ul, usados na moagem do milho. Em 1951 o padre Arede referia-se a 84 moinhos. Actualmente, há 300 espalhados por Oliveira de Azeméis.
Um forno comunitário é usado pelas padeiras de Úl para demonstrar como ali se faz pão. Aos fins-de-semana, na pequena cozinha, saem dali fornadas das saborosas padas.
Os segredos na preparação das padas de Úl passam de geração em geração.
A separação dos pedaços de massa faz-se em movimentos certos.
Bolas de massa aguardam a sua hora para irem ao forno. Com o parque reactivam as tradições e saberes da terra, criando condições para a manutenção dos costumes enraizados no imaginário local.
A cozedura faz-se lentamente num grande forno a lenha.
Um refrescante parque de merendas assegura que no final se possam retemperar as forças.

Conhecer o pão que a padeira amassou, o moleiro moeu e o agricultor plantou

Andreia Fernandes Silva 2009-10-21

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