Costa atlântica, parques, bosques e quintas da serra, paisagem rural saloia. É o Parque Natural de Sintra-Cascais, um encontro entre natureza, história e cultura. Aproveitando este oásis de frescura no calor do Verão, propomos um roteiro por alguns dos seus tesouros, alguns dos quais, património da humanidade. Uma volta de carro mas incluindo passeios a pé, desde a vila de Sintra ao Cabo da Roca, passando pelo Castelo dos Mouros, Parque da Pena e Peninha. Um dia completo.
Sintra. Uma pérola arquitectónica abraçada pela natureza e capital do Romantismo em Portugal. Os Romanos chamavam à serra Mons Lunae, o Monte da Lua. E segundo alguns autores, o vocábulo Sintra poderá ter nascido da palavra Cynthia, símbolo da lua na mitologia celta. Uma terra sagrada, portanto, e com uma longa tradição de ocupação humana. Daqui parte o nosso percurso, sem antes se saborear um travesseiro ou uma queijada para adoçar o resto do dia.
Castelo dos Mouros
Direcção da primeira etapa: Castelo dos Mouros, um verdadeiro símbolo de Sintra. É uma construção notavelmente integrada na paisagem. Erigido provavelmente no século IX, em pleno domínio muçulmano, foi depois recuperado (e redesenhado) por iniciativa do D. Fernando II, em resposta a um estado de ruína a que estava votado durante o século XVIII. As suas muralhas, que se prolongam do relevo da serra, convidam a um passeio, sempre acompanhado por magníficos panoramas: a vila, os bosques, as quintas e palacetes, a zona rural saloia (cada vez mais urbanizada), e o onírico Palácio da Pena emergindo do arvoredo, nossa próxima paragem.
Parque e Palácio da Pena
O carro até pode ficar estacionado no mesmo local, já que o Parque da Pena mora aqui ao lado. Tanto o Parque como o Palácio são uma obra-prima do Romantismo e um tesouro da humanidade. Será difícil compreender o significado de Sintra sem nos perdermos num destes cenários. Com a compra do bilhete de ingresso é oferecido um mapa do Parque. São cerca de 200 hectares de imprevisíveis ambientes, onde prosperam centenas de espécies de plantas nativas e dos outros cantos do mundo.
David Travassos 2005-09-06
