Os maias deificavam as abelhas, La Fontaine falou da formiga nas suas fábulas e até Jerry Seinfield escreveu A História de uma Abelha. O fascínio por insectos atravessa gerações. No Museu Vivo dos Insectos Sociais, em Vila Ruiva, pode conhecer de perto algumas espécies. E os seus segredos…
Foi na casa onde nasceu e foi criado que João Pedro Cappas (investigador autodidacta) abriu o Insectozoo. Durante todo o ano, recebe amadores e curiosos com o bichinho dos insectos…
Como museu privado, as regras são diferentes das que está habituado. É por isso que não deve esperar a tradicional bilheteira ou a sinalização inconfundível. E não pense que vai desbravar terreno sozinho. A visita é sempre guiada, portanto convém que a marque antes de se fazer à estrada.
Olho para a coisa
Antes de começar o percurso, fica a dica: tenha cuidado onde põe os pés… Nem tudo é o que parece. Onde pensa que fica apenas o jardim, está uma acácia com um formigueiro activo. Onde seria a garagem estão quatro colónias desactivadas de abelhas sem ferrão e um formigueiro Messor (assim se chama porque lhe dá nome a espécie de formigas que nele habita) importado do Centro Artístico Infantil da Fundação Calouste Gulbenkian, onde permaneceu durante 12 anos.
Na casa de hóspedes fica a exposição central. Quem diria que ter formigas, térmitas (muitos se referem a este insecto como a formiga branca pelas semelhanças à formiga mas há cientistas que afirmam que a térmita descende da barata), abelhas e vespas em casa seria bom sinal?
Andreia Melo 2010-02-01