Melhor amigo de estudantes universitários e trabalhadores madrugadores, o café viajou de longe para satisfazer os nossos exigentes palatos. Receba-o com toda a pompa e circunstância. E já agora, aceita uma bica?
É no interior da fábrica da Delta, à saída de Campo Maior, no Alentejo, que este museu fica situado. Até chegar ao destino deixe-se guiar pelas várias placas à beira da estrada e pelo seu olfacto que rapidamente reconhece o aroma forte e insinuante da torrefacção.
Chegado à entrada e explicado o propósito que o trouxe até aqui, estacione o carro e siga a pé até ao pequeno armazém onde, desde 1994, lhe contam a história desta bebida. A entrada é gratuita.
E tudo a ovelha mudou…
A exposição organiza-se num só piso e informação é coisa que não falta por aqui. Apoie-se nas dicas da visita guiada (se for em grupo, marque com antecedência) e nos vários placares afixados em todos os núcleos da exposição.
Como seria de esperar, o percurso inicia-se pela... origem. Ninguém sabe precisar onde e quando tudo começou mas fala-se na Etiópia, localizada no centro do continente africano, como o país onde surgiu originariamente a planta do café arábica.
Contam-se lendas, que remontam ao século IX, sobre um pastor que viu o “entusiasmo” das suas ovelhas após terem ingerido por mero acaso o fruto da planta do café. E fala-se também de um monge que, após ter conhecimento da história, tomou por hábito beber desta planta para se manter acordado durante as suas orações.
Andreia Melo 2011-04-13
