É o seu dia de anos. A campainha toca. Pergunta quem é. Não há resposta. A medo, abre a porta mas devagar (não vá dar-se o caso da surpresa não agradar). Em cima do tapete está um ramo de flores com um cartão. “Vai um cafézinho? Inspira-te nos States”. Se isto lhe acontecer, já sabe: sorria, está prestes a ser “life paperizado”.
Não há dois inícios de jogo iguais. A surpresa pode começar apenas com uma mensagem no telemóvel ou um convite de um amigo para um pequeno-almoço num sítio especial. Não existem fórmulas nem regras. E o inusitado nem sempre é politicamente correcto... Se viu o clássico de cinema realizado por David Fincher em 1997, O Jogo, em que Sean Penn pega uma rasteira a Michael Douglas sabe perfeitamente do que estamos a falar. Se nunca viu o filme, preste atenção.
A sua vida dava um rally paper?
A marca life paper tem pouco mais de dois anos e no seu currículo já conta com dezenas de histórias com finais felizes. Os serviços do life paper podem ser contratados como forma dar os parabéns, para ajudar um(a) solteirão(ona) convicto(a) a despedir-se da vida de solteiro(a), para pedir alguém em casamento ou simplesmente porque sim… Todos os motivos são bons para fazer alguém viajar pela história da sua vida.
Como é que Hugo Quinta, o homem por trás da ideia, faz isto? Simples, conta com a cumplicidade dos familiares e amigos da pessoa a surpreender para mandá-la para uma involuntária caça ao tesouro. É na vida da pessoa surpreendida que Hugo se inspira para elaborar o roteiro. Normalmente, a pessoa é conduzida num só dia – pelos cúmplices e por pistas – a cerca de 20 lugares diferentes.
Andreia Melo 2011-02-16