Jipe Safari com a Mil Andanças - Grândola

Entre arrozais e ninhos de cegonha na Reserva Natural do Estuário do Sado

Na Comporta nem todos os caminhos vão dar à praia. Para lá do asfalto, há trilhos de terra batida que levam aos segredos naturais do estuário do Sado. Descubra a cultura do arroz, a vida das aves locais e um cais único em Portugal numa viagem de (a)tracção total.

Esqueça as chaminés fumegantes do polo industrial de Setúbal ou os grandes porta-contentores que atracam na margem norte do Sado. Do outro lado, o cenário muda por completo e a Natureza impera. A mão do Homem também lá está, mas desta vez com conta, peso e medida.

Para lá chegarmos, nada melhor que apanhar o ferry e admirar aquela mancha verde que se estende para o interior do estuário. Daqui a pouco iremos descobri-la no terreno, ou melhor... num todo- o- terreno.

De facto, as estradas de terra batida são pouco aconselháveis para o comum dos automóveis, sobretudo nos meses em que a chuva provoca autênticas crateras pelo caminho. Se gosta do seu carro, siga o nosso conselho: estacione em Tróia e descubra a reserva natural pela mão de quem melhor conhece estes caminhos.

4x4 = 1000 (Andanças)

O campo de golfe de Tróia serviu de ponto de encontro. À nossa espera estavam os 4x4 da Mil Andanças, uma das várias empresas que organizam passeios de todo-o-terreno pela região. Primeiro destino? A aldeia da Comporta.

Um casal de cegonhas dá-nos as boas vindas do alto de uma torre sineira, que em tempos serviu para chamar os trabalhadores dos arrozais para a lavoura. Mas se a maioria dos camponeses partiu há muito para outras paragens, já estas aves parecem gostar cada vez mais de aqui estar. De facto, cerca de 70% deixou de migrar, preferindo manter-se por cá o ano inteiro.

Quem vive na aldeia já se habituou à companhia destas aves e quase todos conhecem os seus hábitos. É por isso que os mais velhos gostam de lembrar aos forasteiros que no “São João, cegonhas no chão”. Isto porque as crias têm até esta altura para aprender a voar, caso contrário serão as próprias mães a atirarem-nas dos ninhos...

Nelson Jerónimo Rodrigues 2011-01-03

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