Comida cuidada e irreverente procura parceiro para relação séria. Em busca do casamento perfeito entre gastronomia e vinho, o chefe executivo do Corinthia Hotel Lisbon convidou seis enólogos a escolherem os néctares que melhor combinam com as suas criações culinárias. O resultado vai estar à prova nos jantares vínicos do Restaurante Típico.
Tal como as pessoas, também os vinhos têm uma personalidade própria. Uns são mais equilibrados, os outros mais caprichosos e outros ainda não gostam de grandes companhias. Mas como juntá-los, então, a uma determinada comida, também ela com as suas “manias” e características únicas? A resposta chama-se harmonização.
É este processo que ajuda a alcançar a refeição perfeita, ou seja, a que enaltece ao mesmo tempo as características dos alimentos e do vinho, numa sintonia perfeita de texturas e sabores, onde nenhum prevalece sobre o outro. Os dois vivem simplesmente em função do “parceiro”, num equilíbrio sem regras rígidas mas com alguns segredos que podem facilitar na hora de escolher o cardápio.
Todos nós já ouvimos dizer que as carnes e as massas devem ser acompanhadas por vinhos tintos e os peixes e mariscos pelos brancos. Mas não é necessariamente assim. Dizem os especialistas que, regra geral, o corpo do vinho deve estar de acordo com o “peso” do prato, ou seja, uma comida mais forte (seja carne ou peixe) pede um vinho encorpado, enquanto os pratos leves combinam com os vinhos leves.
Isto é, no entanto, só o princípio, porque depois existem um sem número de “equações” possíveis, tantas são as formas possíveis de confeccionar uma refeição.
Nelson Jerónimo Rodrigues 2010-04-21
