Grande Porto

O Douro, o mar e a arquitetura

O centro histórico do Porto, classificado pela Unesco, é o núcleo central de uma cidade cada vez mais na moda. A pitoresca Ribeira, com os barcos rabelo e as caves de Gaia na outra margem do Douro, constitui um dos mais coloridos postais ilustrados do Grande Porto. Serralves, a Casa da Música, as pontes e a arquitetura reconhecida internacionalmente, a recente requalificação da Baixa, são marcas de uma cidade onde o rio se estende até ao mar e às luminosas praias da Foz.
A Matosinhos vai-se em busca do peixe assado nas brasas e das obras de arquitetos consagrados como Siza Viera e Souto Moura. A estreita ligação ao rio Douro é o ponto forte de Gondomar e na Maia os mais pequenos vão adorar o Zoo.
Vila do Conde, na foz do Ave, guarda património de relevo e a importância da construção naval está patente na zona ribeirinha, na Alfândega Régia, onde funcionavam os antigos estaleiros. A Póvoa de Varzim, com as suas extensas praias, gastronomia de relevo, a fortaleza recentemente requalificada e uma animação própria de estância balnear, é um apetecido destino de veraneio.
 
Pratos Típicos
Duas ligações essenciais marcam a gastronomia do Grande Porto: a proximidade do mar e do rio. A ligação atlântica é estreita e crucial, assumindo contornos de desígnio em terras como Matosinhos, onde a associação ao peixe e ao marisco define a identidade local. O peixe, com destaque para a sardinha, é assado nas brasas à porta dos restaurantes cuja concentração por metro quadrado é das mais elevadas do país. O peixe de rio, na época, em especial o sável e a lampreia, é estrela de festivais gastronómicos (em Gondomar) e tem adeptos fiéis. O receituário de bacalhau, presente em todo o país, manifesta-se aqui em receitas clássicas como o Bacalhau à Gomes de Sá, à Zé do Pipo e os populares bolinhos de bacalhau. Nas carnes, a ser necessário eleger pratos com história e fama, as tripas à moda do Porto e a Francesinha têm muito que contar. O primeiro é uma receita demorada, elaborada e complexa, da qual deriva o adjetivo que cognomina os portuenses (tripeiros). O segundo é o petisco tradicional dos cafés e cervejarias, numa competição saudável e suculenta pelo melhor prato, ideal para saborear fora de horas, na noite do Porto e arredores.
 
Em destaque:

Bacalhau à Gomes de Sá
“Se alterar qualquer cousa já não fica capaz.” Assim terá falado José Luís Gomes de Sá, um comerciante de bacalhau do Porto, a quem é atribuída a invenção do genial prato que leva o seu nome. Ao passar a receita a um cozinheiro seu amigo, do Restaurante Lisbonense, terá dito as palavras que ficaram para a história. O prato, esse, ganhou fama e consagração.

Francesinha
Emblema da gastronomia portuense, a francesinha terá sido criada na década de 1950, no restaurante A Regaleira, por um emigrante oriundo de França que se terá inspirado no Croque-Monsieur. Ganhou fama e hoje serve-se em todo o país.
 
Tripas à Moda do Porto
O prato que adjetiva os habitantes do Porto (tripeiros) tem, naturalmente, uma bela história associada. Reza a lenda que, na época dos Descobrimentos, antes da conquista de Ceuta, o Infante D. Henrique visitou os estaleiros onde se construíam as embarcações e terá pedido à população esforços redobrados para a empreitada. O povo terá oferecido toda a carne aos marinheiros, ficando apenas com as tripas. E assim se fez história na gastronomia.

Veja aqui os restaurantes onde poderá experimentar estes pratos regionais.​
 
DOPs
Broa de Avintes
Embora não seja detentora de classificação DOP oficial, a Broa de Avintes é um produto tradicional representativo do Grande Porto. Avintes, no concelho de Vila Nova de Gaia, ganhou justa fama por este pão de fabrico artesanal, confecionado a partir da mistura de farinha de milho branco e de centeio. O resultado é uma broa de cor escura, com interior ligeiramente húmido e quase sem côdea. A sua origem remonta ao século XIII (reinado de D. Dinis), quando foi lançada da proibição da cozedura de pão no Porto. Nessa altura, decretou-se «… as padeiras de trigo para Valongo e as de milho para Avintes». Recomendada para acompanhar caldo verde ou sardinha assada, esta saborosa broa é rainha de um festival na localidade, entre finais de agosto e princípios de setembro. A Confraria da Broa de Avintes existe desde 1997.

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