Fluviário de Mora

Aberto ao público em 2007, no Dia da Água, o Fluviário de Mora convida-o a fazer uma viagem ao longo do curso de um rio ibérico, da nascente até à foz.
Aqui é possível conhecer cerca de 60 espécies de água doce, algumas já desaparecidas dos nossos rios, como o esturjão, e outras ainda a necessitar da atenção urgente, caso do pequeno saramugo.
À entrada, uma frase chama a atenção: «Um rio é um ser vivo, um ser dotado de energia, de movimento, de transformações.» Na nascente as águas estão agitadas mas na zona do leito tornam-se mais calmas.
O mapa de Portugal ajuda a perceber onde podemos encontrar as espécies que aqui vemos. Trutas, gambúsias, rãs e lontras são de vital importância para o equilíbrio dos ecossistemas. Saiba porquê.
Na foz a água já não é doce, mas também não é salgada. Aqui encontramos espécies que conhecemos bem do nosso prato, como o robalo-legítimo ou a salema. Curiosa, uma raia espreita os visitantes.
Uma exposição multimédia dá a conhecer de forma interativa o ciclo da água e a relação – boa e má – do Homem com os rios.
Amigo do ambiente, o Fluviário substituiu a antiga iluminação pela nova tecnologia LED das áreas expositivas. Poupa na fatura da luz e nas emissões de CO2.
O lago exterior é o habitat das lontras, curiosos mamíferos aquáticos. No ano passado celebrou-se também o Ano Internacional do Morcego, os únicos mamíferos voadores.
A exposição temporária está patente até ao verão de 2012 e fala sobretudo dos mamíferos que mais dependem da água doce em Portugal continental. É o caso do Musaranhos-de-água. Já ouviu falar?
Quando chegar à loja é sinal que a visita terminou. Leve para casa um pedaço deste Fluviário como livros sobre o tema e réplicas de lontras. Também há produtos regionais como louças de barro.
Inspirado nos celeiros do distrito de Évora, o edifício foi pensado como um volume compacto e a cor branca destaca-o da paisagem.
O Fluviário de Mora ganhou diversos galardões ao longo da sua existência. Em 2008, por exemplo, venceu o prémio Melhor Museu 2007 atribuído pela Associação Portuguesa de Museologia.

Era uma vez… a história de um rio

Paula Oliveira Silva 2012-03-14

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