Fábrica da Pólvora de Barcarena

Junto às Centrais Diesel existe um pequeno parque de merendas (há outros espalhados pelo parque) onde os visitantes podem fazer uma refeição (ou simplesmente descansar) com vista para a fábrica e vegetação envolvente.
Utilizada desde o século XV como fábrica de armamento e dependência do Arsenal do Exército, a Fábrica da Pólvora Negra tronou-se em 1998 num dos principais espaços de cultura e lazer do concelho de Oeiras.
O Pátio de Santa Bárbara, nome inspirado na padroeira dos operários polvoristas, acolhe a Casa do Relógio (à direita), onde funciona o posto de Turismo, e a Casa dos Engenhos (à esquerda), que recebe desde 1998 o Museu da Pólvora Negra.
A Praça do Sol é o um dos locais mais animados da Fábrica da Pólvora. Aqui encontram-se o restaurante Maria Pimenta e um bar, além do Jardim dos Quatro Elementos, um conjunto de esculturas que recriam os elementos da Natureza (Terra, Água, Fogo e Ar.
Como o nome sugere, o Pátio do Enxugo era utilizado para a secagem (ao Sol) da pólvora, espalhada em tabuleiros sobre pilares de pedra. Hoje, seve de anfiteatro a espetáculos e outros eventos.
A localização da fábrica deve-se, em grande parte, à Ribeira da Barcarena, cujas águas faziam funcionar os mais diversos equipamentos, como os engenhos de galgas, a máquina a vapor ou a central hidroelétrica.
O Caminho da Pólvora do Príncipe evoca um tipo específico de pólvora (mais fino e fabricado durante mais tempo), utilizado pela nobreza para a caça.
Na outra margem da ribeira existe um verdejante parque urbano onde apetece fazer piqueniques, ler um livro ou simplesmente desfrutar da tranquilidade desde espaço. Não falta sequer um parque infantil que faz as delícias dos mais novos.
O Edifício das Oficinas a Vapor foi deixado em ruínas para servir de memorial aos operários que aqui faleceram, depois de uma grande explosão em 1972. Esta acabou por determinar o fim da produção da pólvora negra no local.
O Edifício das Galgas guarda quatro engenhos de ferro fundido, chamados galgas, que serviam para o encasque da pólvora negra. Instalados no início do século XX, eram considerados um dos mais avançados e seguros para a época.
A central hidroelétrica, instalada no início do século XX, fornecia energia às galdas do edifício vizinho e a outros equipamentos das Oficinas a Vapor. A água chegava através de um aqueduto com cerca de 700 metros.
As Centrais Diesel eram utilizadas como alternativa à central hidroelétrica, que só conseguia produzir quando a pressão da água era suficiente. Ali funcionaram dois potentes motores (para a época), instalados entre 1934 e 1929.

Nelson Jerónimo Rodrigues

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