EXPERIÊNCIA #36 - Museu do Chiado

A outra pintura portuguesa

"Ser um museu de referência no panorama da arte moderna e contemporânea, (...) apresentando um acervo público de arte portuguesa de 1850 até à actualidade, bem como estimular o seu conhecimento, fruição e confronto com práticas artísticas de outras nacionalidades".Página oficial do Museu do Chiado

Se a pintura quinhentista está, ao seu mais alto nível, nas Janelas Verdes (Museu de Arte Antiga), onde estão as obras dos artistas portugueses dos últimos cem anos? A resposta é simples, no Chiado.

É um dos poucos casos em que se pode dizer que há males que vêm por bem. Ainda que o incêndio do Chiado (Agosto de 1988) não tenha atingido o então Museu Nacional de Arte Contemporânea, foi decidido deslocar a colecção para locais mais seguros. Em 1994 o museu reabriu, agora claramente focado numa visão hierarquizada da pintura moderna portuguesa.

O espaço interior foi totalmente renovado, aliás na linha da recuperação de toda a zona envolvente após o incêndio. O projecto de arquitectura é do arquitecto belga Jean-Michel Wilmotte, sendo a revisão do conceito geral da historiadora de arte Raquel Henriques da Silva.

As colecções expostas são regularmente modificadas de forma a reflectirem diferentes visões da pintura, escultura, desenho, vídeo, fotografia ou instalação. E há sempre a magnífica vista dos terraços para o Tejo.

CURIOSIDDES

Nascido com a República – O museu foi criado a 26 de Maio de 1911, consagrando a divisão do antigo Museu Nacional de Belas-Artes em Museu Nacional de Arte Antiga (obras até 1850) e Museu Nacional de Arte Contemporânea, instalado no Convento de S. Francisco, junto às Belas Artes.

Colecção diversificada – A colecção do Museu do Chiado abrange a arte portuguesa desde a segunda metade do século XIX até à actualidade. As obras mais antigas correspondem ao surgimento do Romantismo, em meados do século XIX: Tomás da Anunciação ou Cristino da Silva. Segue-se o Naturalismo, com Columbano Bordalo Pinheiro. Experiências mais cosmopolitas e de ruptura correspondem aos trabalhos de Amadeo de Souza-Cardoso e do seu amigo Eduardo Viana. Depois, é toda a história do século XX português, expressa nos trabalhos de Almada Negreiros, Dordio Gomes ou Abel Manta. Não faltam Júlio Pomar, Vespeira ou Cesariny, nem os maiores expoentes das correntes dos anos 80, de José Pedro Croft a Julião Sarmento, Jorge Molder ou Pedro Cabrita Reis. O Museu do Chiado dá especial relevo «às exposições temporárias que se centram em retrospectiva de artistas proeminentes do século XX português, bem como de protagonistas da contemporaneidade».

INFORMAÇÕES

Acessos 
Metro Baixa-Chiado

Museu Nacional do Chiado
Rua Serpa Pinto
Tel. 213 432 148

www.museudochiado-ipmuseus.pt 

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