Era uma vez um rei que gostava do mar...
«Uma visita ao Aquário Vasco da Gama permite a descoberta de factos fascinantes do Mundo Aquático, através da observação de uma grande diversidade de animais expostos em dois núcleos fundamentais, que se complementam na imagem que oferecem». Página oficial do Aquário Vasco da Gama
Não tem os meios tecnológicos do Oceanário do Parque das Nações mas continua a encantar quem o visita. O Aquário Vasco da Gama, no Dafundo (Algés) mostra como, em finais do século XIX, se olhava para os oceanos e para a vida marinha.
Se o Oceanário celebra o quinto centenário da chegada de Vasco da Gama à Índia, o Aquário, inaugurado em 1898, foi feito para assinalar a mesma efeméride, cem anos antes. Nessa altura a oceanografia portuguesa dava os primeiros passos, sob o impulso do rei D. Carlos que, entre 1896 e 1907, realizou uma sére de campanhas oceanográficas.
É, em boa parte, o espólio dessas campanhas, ao largo da costa portuguesa, que podemos ver aqui, sobretudo nas salas do primeiro andar. Estrela da companhia, se assim se pode dizer, é uma lula gigante, naturalizada. Para além disso há aquários de grandes dimensões onde nadam representantes de mais de 200 espécies marinhas. E uma cafetaria no primeiro andar com bela vista sobre o Tejo.
CURIOSIDADES
Um rei oceanógrafo – D. Carlos de Bragança, nasceu em Lisboa, no Palácio da Ajuda, a 28 de Setembro de 1863. Herda de seu pai, o rei D. Luis, a paixão pelo mar. Para além de talento para as artes, nomeadamente para a pintura. Rei de Portugal entre 1889 e 1908, decidiu explorar cientificamente as águas portuguesas. Com o apoio do naturalista Albert Girard, D. Carlos deu início, a 1 de Setembro de 1896, à primeira de doze Campanhas Oceanográficas (1896-1907). Os estudos incluíram as correntes ou a topografia dos fundos marítimos, nomeadamente os vales submarinos do Cabo Espichel.
Colecção valiosa – A Colecção Oceanográfica D. Carlos I inclui, para além dos animais capturados e naturalizados, instrumentos oceanográficos das campanhas, bem como documentação relativa à actividade científica do monarca. Após o assasínio do rei, em Fevereiro de 1908, as colecções foram entregues em Fevereiro de 1910 à Liga Naval Portuguesa, que inaugurou a Secção Oceanográfica D.Carlos I do então Museu de Marinha, situado no Palácio dos Duques de Palmela, ao Calhariz. Em 1929, a colecção transita para o Museu Condes de Castro Guimarães, em Cascais, sendo doada, em 1935, ao Aquário Vasco da Gama. Está em exposição permanente desde 20 de Maio de 1943, 45º aniversário do Aquário.
Segredos dos oceanos – As colecções expostas permitem a observação de exemplares cuja manutenção em cativeiro é quase impossível, como por caso de animais de grande porte, de águas profundas ou de espécies raras. Uma das principais atracções é uma lula gigante, com 8 metros de comprimento.
INFORMAÇÕES
Acessos
Linha do Estoril, estação de Algés
Eléctrico nº 15
Pela Estrada aMarginal, a partir de Algés
Página oficial
http://aquariovgama.marinha.pt
