EXPERIÊNCIA #52 – Descida à Fajã de Santo Cristo

Entre flores e rochedos

"Uma descida panorâmica, ao encontro da Fajã de Santo Cristo e da sua lagoa, pelo meio de encostas verdes e floridas."

Se a Madeira tem as levadas, os Açores têm as fajãs. E as mais bonitas e apetecíveis, pelo menos do ponto de vista do passeio a pé, ficam na ilha de São Jorge. São planícies costeiras de extensão variável, formadas, seja a partir da escorrência das lavas, seja na sequência de desabamentos das encostas. Férteis e batidas pelo mar, foram desde sempre escolhidas pelos açorianos, fosse para a agricultura, fosse para a construção de povoados.
O objectivo deste passeio é descer desde a cumeada, na costa norte da ilha, até à Fajã de Santo Cristo. Convém ser previdente e ter um táxi contratado para o ir buscar lá abaixo, no final do passeio, pois o regresso pelo asfalto demoraria horas sem fim. Se tem carro, deixe-o no início do passeio, na Estrada Regional 2, 6,5 km depois de Ribeira Secva, após o desvio para o parque eólico. Não há que enganar. Hão-de lá estar as viaturas de outros caminhantes paradas junto à cancela.
Depois, é só respirar fundo e descer ao encontro da Fajã, famosa pela bonita lagoa costeira que tem a meio, fazendo lembrar os atóis do Pacífico. Um último troço, este mais horizontal, liga à Fajã dos Cubres, onde há restaurantes e telefone para chamar um táxi.

CURIOSIDADES

Passeio mais curto – Se gosta da idéia geral do passeio mas não lhe apetece andar tanto, nem deixar o carro sozinho na estrada, pode fazer uma versão reduzida da caminhada. Desça de carro, por asfalto, até à Fajã dos Cubres. Estacione e inicie a marcha para oeste, rente à encosta e seguindo o trilho assinalado. Estará, no fundo, a fazer o troço final do passeio mas em sentido inverso. Chegado à Fajã de Santo Cristo o que, dependendo da passada, poderá levar uma hora ou mais, maravilhe-se com este lugar abençoado, onde pouco mais ouvirá para além do marulhar do Atlântico. Resta-lhe inverter caminho e regressar aos Cubres.

Fajã de São João – É o outro grande passeio a pé desta ilha. Desenvolve-se na costa sul e parte do trilho poderá não estar recomendável (informe-se em Velas, no Posto de Turismo). Há muita pedra solta, muita curva apertada mas poderá ter a surpresa, pelo caminho, de ver que há gente que, todos os dias, sobe e desce aquela ladeira, não para se divertir mas para irem cultivar a terra, como os seus antepassados faziam. Tiremos, de passagem, o chapéu, à determinação destes ilhéus! O troço final desenvolve-se à beira-mar, ao encontro de uma aldeia pitoresca onde encontrará a estrada asfaltada. Tal como no caso anterior, é prudente prever um táxi ou outra boleia para regressar ao ponto onde deixou o carro.

Outros passeios – A ilha não é tão grande como São Miguel mas não lhe faltam pontos de interesse. A não perder, na costa sul, para além da pitoresca Velas – a «capital» local – a povoação de Urzelina (onde ainda são bem visíveis as marcas da erupção de 1808 e há curiosos moinhos de vento). Se a metade ocidental de São Jorge é verdejante e florida, com a oriental dá-se uma surpreendente mudança de cenário: são rochedos batidos pelo vento, a fazer lembrar partes da vizinha ilha do Pico.

INFORMAÇÕES

A actividade sísmica e os temporais podem modificar em poucos dias o estado dos trilhos. Informe-se no Turismo acerca da praticabilidade dos passeios sugeridos.
Turismo dos Açores
www.azorestourism.com  
Posto de Turismo de Velas
Rua Conselheiro Dr. José Pereira
Tel. 295 412 440

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