Arte, cultura e jardins
"Um verdadeiro canivete suíço da cultura, com várias funções num só recinto: jardim, salas de concertos e exposições, centro de arte moderna e museu dedicado às artes decorativas e à História."
Gulbenkian foi e ainda é a palavra mágica da cultura portuguesa desde o começo dos anos 60: bolsas para cientistas, bibliotecas itinerantes, programas de música clássica, edições (a começar pela do Guia de Portugal), exposições, conferèncias... Portugal está, pelo menos, tão grato ao falecido Calouste Gulbenkian, como este ao país que o acolheu em tempos difíceis.
Da mesma forma, «ir à Gulbenkian» significa uma infinidade de coisas. O bem concebido jardim que a rodeia, expressão do talento de Gonçalo Ribeiro Teles. O conjunto edificado, obra-prima da arquitectura dos anos 60 e que mereceu o prémio Valmor para os projectistas. E, não um museu, mas dois: ao mais antigo, no corpo principal da Fundação, junta-se o Centro de Arte Moderna. E ainda há o anfiteatro ao ar livre, cenário de grandes concertos, nomeadamente de jazz.
Mesmo nas exposições temporárias a Gulbenkian continua a marcar pontos. Recordem-se os mais recentes sucessos: a dedicada a Amadeo de Souza-Cardoso e a comemorativa da publicação de «A Origem das Espécies» de Darwin.
CURIOSIDADES
Prémio Valmor – Inaugurado em 1969, o complexo da Gulbenkiam (edifício e jardins) ganhou o Prémio Valmor em 1975, distinguindo os seus projectistas: Alberto Pessoa, Rui de Athouguia, Pedro Cid e Gonçalo Ribeiro Teles. Em 1983, no meio de alguma polémica por ter implicado o sacrifício de parte do jardim, surgiu o Centro de Arte Moderna, depois dedicado a Azeredo Perdigão, histórico dirigente da fundação.
Um amigo de Portugal – Sarkis Gulbenkian (1869-1955), de origem arménia, refugiou-se em Portugal durante a II Guerra Mundial. Os consideráveis rendimentos que a exploração do petróleo lhe proporcionava foram postos ao serviço de uma fundação que teve um papel-chave na cultura portuguesa no último meio século.
Museu de arte – O acervo do Museu Gulbenkian que incorporou a colecção do seu fundador tem uma importante componente histórica, abrangendo peças do antigo Egípcio e da Mesopotâmia. Dá, também, importância às artes decorativas, como é o caso da colecção de jóias e vidros de Lalique. Para além disso, a pintura, a escultura e a tapeçaria ocupam, também, lugares importantes, sendo de destacar os quadros dos pintores impressionistas franceses.
Jardim encantado – Rodeando os edifícios principais na sua quase totalidade, os jardins incluem lagos e reproduções de trechos característicos da paisagem rural portuguesa. Oásis no meio de uma zona da cidade que respira pouco, foi local de inspiração para artistas e estudantes. À sua sombra quantos romances terão começado ou chegado ao fim?
INFORMAÇÕES
Acessos
Pelo Metro: Estações São Sebastião (Centro de Arte Moderna) e Praça de Espanha
Museu Calouste Gulbenkian
Av, de Berna 45
Tel. 217 823 000
www.gulbeknian.pt
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