Lisboa e o Tejo vistos do céu
"Ao subir o Monumento, o visitante fará uma experiência de Peregrinação"
Quem não viu já Lisboa e o Tejo do tabuleiro da Ponte 25 de Abril? É um panorama inesquecível mas que, comparado com o do miradouro do Cristo Rei, é um mero aperitivo.
A gigantesca imagem de Cristo, inaugurada a 17 de Maio de 1959, em agradecimento por Portugal não ter entrado na II Guerra Mundial, ergue-se 113 m acima do nível do rio, na margem sul. Lá do alto, consegue ver-se a, pelo menos, 20 km de distância. É Lisboa e as suas colinas, a serra de Sintra e o Palácio da Pena, a foz do Tejo e o Bugio, o Cabo Espichel, a serra da Arrábida e o castelo de Palmela, bem como a imensidão do Mar da Palha, atravessada pela Ponte Vasco da Gama. No rés-do-chão e no interior do edifício há diversas capelas e espaços evocativos do Papa João XXIII, do Sagrado Coração de Jesus e de Nossa Senhora da Paz.
É um dos locais mais visitados da região de Lisboa, quer no âmbito do turismo religioso, quer como simples miradouro, tendo-se tornado um cartaz turístico de Portugal. Existem diversos transportes para o local, desde o comboio, aos cacilheiros e às carreiras de autocarros.
CURIOSIDADES
Dez anos de construção – A primeira pedra deste monumento, da autoria de Leopoldo de Almeida, foi lançada em Dezembro de 1949, realizando-se a inauguração oficial dez anos depois, a 17 de Maio de 1959. Foi uma das primeiras transmissões televisivas em directo em Portugal, pondo à prova os meios técnicos e a capacidade profissional da então nascente RTP.
Um colosso de betão – A altura total do monumento é de 100 m, dos quais 82 correspondem ao pedestal onde assenta a imagem. Esta tem 28 m de altura, sendo que a cabeça tem 4 m e cada um dos braços cerca de 10 m. O volume do betão empregue na construção foi de 20.000 metros cúbicos, tendo sido necessário escavar as fundações da sapata de suporte até 14 m de profundidade. O peso total anda pelas 40.000 toneladas.
Voto de agradecimento – A ideia original da construção do monumento deve-se ao então cardeal patriarca de Lisboa, D. António Cerejeira, durante uma visita o Brasil em 1936, altura em que visitou o Cristo-Rei do Corcovado (Rio de Janeiro). Em Abril de 1940, os bispos portugueses, reunidos em Fátima decidem que, caso Portugal escapasse à II Guerra Mundial, seria mandado construir um Cristo-Rei em Lisboa. A iniciativa passaria à fase de obra a partir de 1949. No 25º aniversário, em 1984, é aprovado o Plano de Ordernamento do Santuário e dado início à construção do edifício de acolhimento do santuário.
INFORMAÇÕES
Página oficial do monumento: www.cristorei.pt
Acessos
De automóvel pela ponte 25 de Abril, saindo no nó de Almada para a rotunda do Centro-Sul e aí subindo para o santuário, seguindo a sinalização existente.
De barco, tomando os cacilheiros no Cais do Sodré e fazendo a ligação ao santuário, ou a pé, pela zona antiga de Almada ou de autocarro, a partir de Cacilhas.
De comboio, apanhando as composições da Fertagus em Entre-Campos e saindo na estação do Pragal. A partir desta pode seguir a pé, apanhar um táxi ou fazer parte da ligação a bordo do Metro da Margem Sul.
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