Ilha fortificada
"De atalaia romana a torre templária: um castelo no meio do Tejo, num lugar cheio de mitos e lendas"
É o mais surpreendente dos castelos portugueses. Fica numa ilha rochosa, a meio do Tejo, entre Vila Nova da Barquinha e Constância. As muralhas ocupam quase todo o afloramente granítico, erguendo-se a 18 m de altura e formando um perímetro de mais de 300 m. É um local de mistérios e lendas e quem o aviste fugazmente ao passar no comboio da Beira Baixa julgará ter tido uma visão doutros tempos.
A escolha do local tem lógica, uma vez que, a partir das muralhas, se conseguia controlar a navegação no Tejo que, durante séculos, representou a forma mais prática de movimentar mercadorias entre a Beira, o Ribatejo e Lisboa. Assim pensaram os romanos que aqui ergueram uma fortificação, cujos vestígios ainda se distinguem nas bases do castelo medieval. Depois, foi a vez dos Templários, senhores das terras entre Tomar, Idanha e Covilhã, aqui erguerem uma atalaia para assegurar o domínio da Linha do Tejo, volátil fronteira entre o nascente reino de Portugal e os reinos mouros.
As muralhas chegaram aos nossos dias, tendo sido restauradas, nos anos 40, pelos Monumentos Nacionais. Agora, é só visitá-las e sonhar com feitos de cavalarias e resgates de princesas.
Destaque
CURIOSIDADES
Linha da Beira Baixa – O castelo de Almourol está longe de ser a única preciosidade que se vê das janelas do comboio da Beira Baixa, entre o Entroncamento e Castelo Branco. É uma viagem de mais de uma hora, sempre ao longo do Tejo, e durante a qual desfila uma das mais bonitas e animadas paisagens ribeirinhas portuguesas.
Tradição defensiva – Se o território continental português fosse um rectângulo geométrico, então as duas diagonais cruzar-se-iam entre Tomar e Vila de Rei. Daí a importância estratégica desta zona desde há séculos. Os Templários escolheram Tomar para sede da sua ordem e fortificarm pontos envolventes, como Almourol ou Dornes. Em tempos mais recentes, algumas das principais bases militares portuguesas foram construídas na região. É o caso do aeródromo de Tancos ou do Campo Militar de Santa Margarida. Um valor estratégico que, como se vê, ultrapassa os séculos.
Albufeira gigantesca – Para montante de Almourol, Zêzere e Tejo confluem em Constância. As águas do Zêzere são represadas em Castelo do Bode, formando uma das maiores albufeiras portuguesas, com mais de 40 km de extensão. Pode apreciar a sua dimensão fazendo um circuito por Almourol, Abrantes, Vila de Rei, Ferreira do Zèzere, Castelo do Bode e Constância. Sem esquecer a visita à cidade de Tomar com o seu preciso centro histórico e o Convento de Cristo, Património da Humanidade.
INFORMAÇÕES
VISITAS INDIVIDUAIS
Acesso à ilha e ao castelo em embarcações com capacidade para 20 pessoas.
Cais junto ao Castelo de Almourol
Terça-feira a domingo:
1 Novembro a 28 Fevereiro: 10h às 13h – 14h30 às 17h
1 Março a 31 Outubro: 10h às 13h – 14h30 às 19h
Bilhete 2,2€
VISITAS GRUPO
Cais D´El Rei, Tancos
Terça-feira a domingo.
1 Novembro a 28 Fevereiro: 10h às 13h – 14h30 às 17h
1 Março a 31 Outubro: 10h às 13h – 14h30 às 19h
Por marcação
Posto de Turismo
Centro Cultural de Vila Nova da Barquinha
Largo 1º de Dezembro
2260-403 Vila Nova da Barquinha
EMAIL
posto.turismo@welcome-to.pt
visitas@welcome-to.pt
TELEFONE
Fixo – 249 711 550
Telemóvel – 918 429 086
Para chegar ao castelo propriamente dito é preciso recorrer ao serviço de barqueiros que operam a partir da margem direita, perto de Tancos. Os acessos são relativamente simples. Se viaja pela A1, deve sair no nó de Torres Novas e tomar a A23, direcção Abrantes. Pode usar diversas saídas, desde a de Tancos à de Constância, sendo que, neste último caso, terá de andar um pouco para jusante ao longo do Tejo. O acesso ao rio, embora em asfalto, é estreito e sinuoso, aconselhando-se precaução.De comboio, se viaja num Regional poderá sair no apeadeiro de Almourol. Caso contrário terá de se apear em Tancos.
100 EXPERIÊNCIAS PARA VIVER EM PORTUGAL ANTES DE MORRER