Distrito de Santarém - Passeio em Escaroupim

Pelo Tejo dos avieiros e dos mouchões

A menos de 45 minutos de Lisboa há uma aldeia à beira-rio que sempre viveu do Tejo e para o Tejo. Escaroupim, no concelho de Salvaterra de Magos, é um pequeno segredo mas com grandes pretextos de visita. O mais recente é um museu dedicado às memórias avieiras que, agora, se junta aos passeios de barco e aos sabores do rio.

Foram os “nómadas do rio”, como lhes chamou o escritor Alves Redol, que no início do século passado trouxeram uma nova vida às margens ribatejanas do Tejo. Oriundos da praia de Vieira de Leiria, estes grupos de pescadores migravam no inverno à procura de águas mais calmas, delas retirando o sustento para as suas numerosas famílias. Ali formaram pequenas aldeias piscatórias, como Escaroupim, no concelho de Salvaterra de Magos, que ainda hoje guarda as memórias desses tempos.

Estas recordações surgem por toda a aldeia, das ruas aos cais, mas desde fevereiro de 2017 que também estão reunidas no museu “Escaroupim e o Rio”. O espaço, situado na antiga escola primária da localidade, conta a evolução da ocupação humana naquele território, desde a pré-história à instalação dos avieiros. Para isso está dividido em três núcleos principais: um sobre as primeiras comunidades ribeirinhas pré-históricas, como os “concheiros de Muge”; outro com objetos ligados à arte da pesca e à vida dos avieiros; e um final sobre a importância das cheias do Tejo para a agricultura. Além do novo museu, a aldeia conta ainda com o Núcleo Museológico da Casa Avieira (ambos gratuitos) que mostra como eram as antigas habitações dos pescadores.

A visita a Escaroupim é um bom pretexto para fazer um passeio de barco no Tejo. Afinal, o cais da aldeia serve de ponto de partida às embarcações da Rio-a-Dentro, empresa que há vários anos dá a conhecer o paraíso natural desta região. A bordo de um barco ecológico, os participantes poderão observar a vida dos mouchões (pequenas ilhas formadas pela acumulação de aluviões), caso da Ilha das Garças, uma das maiores colónias de garças da Europa, ou da Ilha dos Cavalos, onde vive em liberdade uma grande eguada com potros. Na outra margem do rio também se avistam mais povoações avieiras, caso de Palhota, no concelho do Cartaxo.

O regresso a terra coincide muitas vezes com a hora das refeições por isso nada melhor que aproveitar para conhecer “O Escaroupim”, afamado restaurante junto ao cais dedicado aos sabores ribeirinhos. Aqui as enguias são servidas nas mais variadas formas (fritas, em fricassé, caldeirada, em ensopado, etc.) e do rio também chegam outras iguarias, como a lampreia ou o sável. Para diferentes paladares, vale a pena experimentar as carnes de alguidar ou os pratos de caça.

Se vive em Lisboa, a viagem é curta (cerca de 40 quilómetros) mas não se esqueça de conduzir com a máxima proteção, um dos lemas do N Auto da N Seguros. Conheça-o aqui.


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Museu Escaroupim e o Rio
Tel.: 962 411 168

Rio-a-Dentro
Tel.: 915 880 518

Restaurante “O Escaroupim”
Tel.: 263 107 332

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