De Tróia à Carrasqueira

Começa-se de barco em Setúbal e parte-se à descoberta de uma bonita península com dunas e pinhais. Pelo meio encontram-se cegonhas e até há uma vila de pescadores de rio.

Torres à vista

No porto de embarque de Setúbal, espera-se pelo ferry para Tróia. Entra-se com o carro no barco e se não houver muito vento, é do convés que se aprecia a vista. Com sorte, também se vêem roazes, os golfinhos que habitam o estuário do Sado.

Durante os 15 minutos que dura a viagem, observa-se bem a baía de Setúbal, os gigantescos porta contentores e claro, a magnífica serra da Arrábida. Tróia está à vista, mesmo em frente.

Tróia, dunas e Comporta

Tróia em si não é mais que um grande complexo turístico. Continuando viagem, vemo-nos rodeados de dunas de ambos os lados da estrada. À esquerda, escondem o estuário do Sado e à direita, protegem-nos do Atlântico. Há alguns pinheiros e arbustos mas coisa pouca. Durante meia dúzia de quilómetros é assim, até encontrarmos as ruínas romanas de Tróia, consideradas monumento nacional desde 1910.  

Prosseguindo marcha, ainda antes de chegar a Comporta, do lado do estuário, pequenas lagoas com mantos de arbustos secos por entre bancos de areia que se elevam perto da margem. Prossegue-se viagem até Comporta.

A primeira imagem que temos é que se trata de uma zona lacustre, tal a quantidade de água que rodeia a vila nos campos de arroz, lembrando mais algumas aldeias da lezíria ribatejana, do que uma aldeia no Alentejo, ainda que tenha casas brancas de barras azuis.

E para além do óbvio que se encontra em qualquer aldeia, Comporta conta com um fenómeno pouco comum, o exagerado número de cegonhas. Qualquer chaminé ou tecto tem um ninho.

Sem ser preciso muita paciência ou sorte, é fácil ver cegonhas ou fotografar esta ave tão rara de avistar numa cidade grande. Para os locais, não há nada de extraordinário, até porque estão acostumados a este espectáculo todos os anos.      

N'Dalo Rocha 2002-04-02

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