Comida de rua, a comida do futuro?

A comida de rua está cada vez mais interessante. É essa a opinião dos autores do site de lifestyle e cultura OS TAIS, especialista em tendências urbanas. Bifanas, cachorros e hambúrgueres são petiscos que vêm a calhar para matar a fome a desoras. Mas a street food é hoje muito mais do que a roullote junto ao estádio ou à saída da discoteca.

Comida de rua. Desde muito novos que estamos habituados a esta alimentação. Fossem as pipocas no circo, as farturas na feiras, ou as bifanas e os couratos nas roulottes quando íamos ao futebol com os nossos pais e avós, é praticamente impossível que alguém não tenha consumido um destes alimentos numa destas situações. Mas hoje em dia a comida de rua é muito mais do que isto. Cada vez mais jovens empreendedores lançam-se neste nicho que está em forte crescimento e tentam a sua sorte num mercado com um consumidor cada vez mais exigente. Mas estará o consumidor português preparado para a street food?

Falámos com Daniel Cardoso, o Chef por trás da marca Le Moustache sobre este conceito. Proprietário de uma food truck desde 2015, já antes fazia pequenos caterings em casa de clientes, que passaram a grandes caterings para grandes empresas e que culminou na abertura do restaurante Le Moustache Smokery. A aventura de Daniel com a street food teve início há três anos "não propriamente com a minha roulotte, mas em vários eventos ligados à street food”, afirma o Chef. “Depois com o crescimento e a procura o ano passado adquiri uma roulotte. Sempre que há jogos do Benfica em casa a mesma está presente na Fan Zone e, o mesmo se passa com os concertos no MEO Arena. Se por ventura tivermos de estar em vários sítios, o que fazemos é alugar temporariamente uma roulotte já preparada para o efeito” continua Daniel. Contudo não é fácil manter e sustentar um negócio destes. “Depende muito do conceito, mas para valorizar o conceito tem de se fazer vários eventos, tendo em conta a dificuldade que existe em adquirir licenças para estar num local fixo em Lisboa”. Algo que Daniel não percebe, principalmente tendo em conta que Portugal se encontra no panorama gastronómico europeu e principalmente na quantidade de turistas que existem nesta cidade.

Entre festivais de música que cada vez mais aderem a este conceito de comida em roulottes mas diferentes das típicas kebabs, cachorros, hambúrgueres de plástico e coisas afins; aos festivais mesmo dedicados à street food que cada vez são mais e mais interessantes, Daniel afirma que “cada vez mais os portugueses começam a aderir em massa aos eventos. Ainda existe o estigma de que não se come bem e com qualidade em food trucks o que não é verdade. No nosso caso tudo é feito exactamente como no restaurante até porque usamos o mesmo conceito. Vivi na Alemanha onde comer rápido e bem é essencial, existem vários pontos espalhados pela cidade onde compramos algo e seguimos o nosso caminho com a nossa refeição. Isso é a essência da street food”.

Na nossa opinião este conceito tem tudo para vingar nos próximos anos, certo que nem todas as food trucks existentes hoje se vão manter por muito tempo, até porque umas são sazonais e outras só existem para festivais de street food, mas também é certo que muitos outros conceitos surgiram e acreditamos que alguns chef’s possam sair de trás da cozinha para uma roulotte, seja por vontade própria, ou seja para ativação de marca, como já fez Nuno Bergonse do restaurante Duplex, com a marca de whiskey Jameson. O que é certo é que temos mercado em Portugal, precisamos é que as licenças sejam mais acessíveis e menos burocráticas para obter.

Os autores e o blogue
OS TAIS é um site de Lifestyle e Cultura que não se fica pelo óbvio. Música, Moda, Restaurantes e muito mais, sempre com aquele “twist” que faz falta. É composto por uma equipa de dois elementos e um terceiro elemento de back-office que está encarregue do site e gestão de conteúdos. Ainda não nos apresentámos no nosso site e facebook, mas já muita gente fala de nós e nos identifica, talvez pelo nosso lado sincero, brincalhão e opinativo. Estamos nisto para nos divertirmos mas não recusamos uma boa proposta, como felizmente tem acontecido. Não nos consideramos blogers, mas sim proprietários de um site (blogue).
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Por Os Tais 2016-05-04

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