Casa das Penhas Douradas – Manteigas

História de gente feliz... em contacto com a Natureza

Na pré-história deste local como hotel de Natureza está o gosto do casal proprietário pela montanha. Isabel e João Tomás nem sequer são da zona mas vinham amiúde à serra da Estrela pelo prazer das caminhadas e pelo ar puro. Procuraram aquilo que esteve para ser uma casa de férias, adquiriram um antigo alojamento existente no local mas acabaram por alargar os horizontes e construir um hotel. No princípio, em 2006, eram nove quartos. Desde Fevereiro de 2010 o caso mudou de figura e a casa conta com uma nova ala contabilizando no total 17 quartos, uma suite e... um spa.

Às portas do céu

Ficar na Casa das Penhas Douradas é ficar no topo. Não só porque o hotel se situa a 1500 metros de altitude mas também pelo cuidado com que este projecto foi pensado e concretizado.

Pedro Brígida foi o arquitecto responsável pela obra e por grande parte do mobiliário, feito a régua e esquadro propositadamente para aqui. Caracterizam os vários edifícios as linhas direitas e à ala nova foi acrescentado um toque bem português, o aglomerado de cortiça que a reveste a pensar na poupança de energia e na ecologia.

Mas o arrojo não ficou apenas pelo traço, alargando-se também à decoração, essa a cargo dos proprietários. Aqui há pormenores distintivos como as cadeiras e outro mobiliário original das décadas de 50 e 60 do norte da Europa, isto sem falar da colecção de esquis de madeira das primeiras décadas do século passado.

Enormes janelões das diversas salas de estar fazem as vezes de quadros e oferecem-nos a serra para deleite. Quando a noite cair e não for mais possível absorver toda esta Natureza em estado puro, entretenha-se na companhia dos jogos de tabuleiro espalhados pelas salas ou sirva-se dos livros “esquecidos” nas zonas comuns, junto às lareiras, e nos quartos.

Dormir com os anjos e acordar com a raposa

Aqui as manhãs acordam com vista aberta para a serra. Cada quarto da ala "antiga" tem uma varanda privativa e cadeiras com poisa pés para que a contemplação se prolongue. Os da ala recente são maiores mas não têm varanda. No entanto, se nuvens de chumbo pairarem ameaçadoras ou um manto de nevoeiro cobrir tudo à sua volta, vire-se para o interior, o mesmo é dizer, para o que a Casa das Penhas Douradas tem para oferecer.

A bétula, madeira que “veste” os quartos concilia-se com o toque rugoso do burel que os aconchega, seja na manta que cobre parte da colcha, seja no forro do sofá cama disfarçado de pufe ou ainda nos tapetes espalhados por toda a casa.

Paula Oliveira Silva 2011-01-26

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