Bolas e Folares

Trás-os-Montes e Alto Douro - Roteiro de Sabores

Trás-os-Montes e Alto Douro são a terra de eleição de bolas e folares. Há-os para todos os gostos, de todos os tamanhos e feitios. Salgados – os mais típicos – e doces; de carne fresca, de fumeiro, de bacalhau, de sardinha, de saborosas e inesperadas misturas; rectangulares e redondos, baixos e altos. A base é uma massa de pão enriquecida com ovos, gordura e, no caso dos folares doces, com açúcar. Tal como sucede com o pão, a massa deve levedar em ambiente temperado e quanto mais tempo levedar mais macio ficará o folar e mais tempo levará a endurecer.
Os folares de carne são os bolos de Páscoa de toda esta região, sendo conhecidas inúmeras variantes. Pode dizer-se que cada cidade, cada aldeia e cada família tem uma receita própria. O folar de Bragança e a bola de Favaios estão entre os mais famosos. O de Bragança, redondo, alto e dourado, quase parece um pão-de-ló recheado de carnes. O de Valpaços é semelhante, mas vai ao forno – de lenha –em tabuleiro cuja altura não deve exceder os 8 cm. O de Favaios é uma bola baixa e rectangular que leva frango, coelho, vitela, toucinho entremeado, presunto e salpicão. Em Miranda, Mirandela, Moncorvo, Chaves e Montalegre podem encontrar-se folares comparáveis na riqueza e no sabor. Ao incluírem carne fresca, estes folares têm que ser consumidos mais rapidamente do que aqueles outros que levam apenas carne de fumeiro, como os muito afamados de folares de Vinhais, de Chaves e, já em plena terra duriense, os de S. João da Pesqueira e Lamego.

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