Esta semana, estamos com os azeites e no Alentejo, este é o pão nosso de cada dia. Terra de sabores intensos, contam-se pelos dedos os pratos típicos onde o azeite não é utilizado. Até nos doces esta gordura vegetal está presente, ou não fizesse ela parte da dieta mediterrânea…
Há séculos que o azeite faz parte das nossas vidas. Já na antiga Grécia, era utilizado como medicamento, como unguento e como tempero para as refeições. Fala-se que os fenícios e os egípcios o utilizariam para fins semelhantes. E as referências bíblicas ao azeite são imensas.
Também em Portugal, a cultura da oliveira é milenar. Conta a História que o azeite, juntamente com o vinho, foi um dos primeiros produtos exportados por Portugal. Neste tema, o Alentejo continua a destacar-se como região produtora de azeite. Das seis Denominações de Origem Protegida (DOP) nacionais, 3 são alentejanas: azeite de Moura, azeites do Norte Alentejano e azeites do Alentejo Interior.
Os Azeites DOP têm origem numa área geográfica delimitada, com solos e clima característicos e são exclusivamente elaborados com azeitonas de variedades específicas de oliveiras. Estes factores, aliados ao saber fazer tradicional da região, conferem-lhes tipicidade e características qualitativas que os permitem distinguir dos demais.
Azeite alentejano no pódio
Lá fora ou cá dentro, o azeite alentejano (con)vence. Em Junho deste ano, os azeites da Cooperativa Agrícola da Vidigueira levaram as medalhas de ouro e de prata no Concurso Nacional de Azeite Virgem Extra e Packaging 2009, realizado no âmbito da Feira Nacional de Agricultura de Santarém.
Os prémios espanhóis de qualidade Mario Solinas distinguiram os azeites da Herdade do Monte Novo e Figueirinha, em Beja, da Herdade dos Cotéis, em Moura, e da Casa Agrícola Cortes de Cima, na Vidigueira.
Uma prova cega elegeu o azeite biológico alentejano Risca Grande Virgem Extra, produzido em Serpa, como o melhor azeite do mundo. O concurso da Biofach 2009 teve lugar em Nuremberga, na Alemanha.
Andreia Melo 2009-12-21
