Alto Minho

Verde e senhorial, espelhada no Lima

A proximidade do rio, do mar e da serra, são elementos que tornam Viana do Castelo, no estuário do rio Lima, uma cidade de encantos impossíveis de ignorar. As praias atraem praticantes de surf; as tradições religiosas têm aqui das manifestações mais impressionantes do Minho e do país; e o bem preservado centro histórico guarda belos monumentos de diversos estilos arquitetónicos. No conjunto, sobressai um equilíbrio raro, coroado pelos panoramas que se avistam do alto do Monte de Santa Luzia.
Batizado pelos romanos como Lethes («rio do esquecimento»), é o Lima com a sua ponte medieval que espelha a bucólica serenidade com que a vila senhorial de Ponte de Lima acolhe o visitante. Considerada a capital do Turismo de habitação, e igualmente rica em festividades e tradições, tem a ainda a curiosidade de albergar o Museu do Brinquedo Português.
Ponte da Barca deve o nome à barca que transportava os peregrinos a caminho de Santiago de Compostela, entre as duas margens do Lima. A vila de feição fidalga e brasonada é a sala de visitas de um concelho inserido no Parque Nacional da Peneda-Gerês, com praias fluviais, bons locais para acampar e fruir da natureza, reverberante de vida, cores e odores.

Pratos Típicos
A riqueza e a variedade da gastronomia do Alto Minho impressionam o mais viajado dos comensais. Já Ramalho Ortigão falava na ceia de Natal nas terras do Minho, capaz de “desbancar todos os jantares de Paris”. Comece-se pelo caldo verde, a sopa minhota por excelência que se tornou referência em todo o país, conforto fumegante em finas tiras de couve (e que não lhe manque a rodela de chouriço!) Com o peixe dos rios perpetuam-se receitas tão afamadas como o arroz de lampreia ou a dita à bordalesa. Sável e truta compõem o repasto fluvial. O bacalhau tem todo um historial ligado aos portos de pesca de onde partiam os barcos rumo à Terra Nova e à Gronelândia, e aos lugares onde se fazia a armazenagem e seca do bacalhau, como as salinas de Darque, em Viana. Não admira, pois, a profusão de receitas dedicadas ao fiel amigo, do bacalhau à Gil Eanes ou à Margarida da Praça a várias outras que o apresentam cozido, assado, frito, às postas, às lascas, em bolinhos e pataniscas. Nas carnes, as papas e o arroz de sarrabulho (ex libris limiano) são coisa de impor respeito, assim como a cabidela à moda de Viana, o cozido à minhota, os rojões ou o cabrito do Gerês, iguaria antes reservada aos dias de festa.
Em destaque:
Bacalhau à Gil Eanes
É um dos pratos mais afamado da cozinha de Viana e está ligado à frota bacalhoeira portuguesa e ao Navio Gil Eanes (batizado em homenagem ao grande navegador português), construído nos estaleiros de Viana do Castelo em 1955.
Cabrito Assado
Tradicionalmente um prato ligado aos dias festivos, em especial à Páscoa, o cabrito assado é um emblema da gastronomia do Alto Minho.
Arroz de Sarrabulho
O sarrabulho encontra-se em todo o Minho. Um dos pratos mais populares é o Arroz de sarrabulho à moda de Ponte de Lima. Esta receita terá surgido a partir das papas de sarrabulho (com milho), quando o arroz foi introduzido na região. A criadora terá sido Clara Penha (1836-1924), proprietária de uma pensão local, que depois passou a receita à sua sobrinha Belozinda Varela.

Veja aqui os restaurantes onde poderá experimentar estes pratos regionais.​
 
DOPs
Carne Cachena da Peneda DOP
Carne proveniente de bovinos da raça Cachena, criados em regime de pastoreio em prados situados a grande altitude, é extremamente suculenta, ligeiramente húmida e bastante saborosa. Apresenta-se como vitela, novilho, boi e vaca. Ganha em ser confecionada simplesmente grelhada, temperada com sal.
Área de produção: distritos de Viana do Castelo (parte dos concelhos de Arcos de Valdevez, Melgaço, Monção e Ponte da Barca) e Braga (parte dos concelhos de Terras de Bouro e Vila Verde).

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