Os romanos chamavam-lhe Abeltirium. Hoje em dia damos-lhe o nome de Alter do Chão. A sua reputação de terra de tradição equestre antecede-a mas esta vila alentejana tem outros terrenos para desbravar. Muitos outros…
Os românticos vão gostar de saber que nesta vila D. Pedro I mandou erguer um castelo em homenagem à mulher que amou e que a tradição diz que coroou rainha depois de morta. Os mais religiosos vão deixar-se tentar pelas igrejas que encontram ao virar de quase todas as esquinas. Os historiadores deixarão a sua mente viajar até ao tempo dos romanos, atravessando a Ponte de Vila Formosa ou visitando a Estação Arqueológica de Ferragial d’El Rei. E os amantes da Natureza podem desfrutar do grande tesouro da região: os cavalos. Isto para não falar nas vistas que se tem dos miradouros de Alter Pedroso e Cabeço de Vide. Quanto aos bons garfos, basta relembrar que estamos no Alentejo.
Castelo à vista
Do centro da vila, avista-se o castelo que D. Pedro I mandou construir em 1359. Resista à tentação de o visitar de imediato e passe pelo posto de turismo antes. Fica situado do outro lado da estrada, naquele que foi em tempos o Palácio do Álamo, casa senhorial do século XVII, ladeada por um jardim setecentista, onde ainda pode ver azulejaria da época.
Munido dos mapas e das dicas que só os profissionais de turismo lhe poderiam dar, passe então ao castelo. Este Monumento Nacional foi moradia da dinastia de Bragança. Especule sobre as histórias que terão povoado os seus torreões, cubelos e torres à medida que atravessa o adarve, passeio estreito que acompanha o muro da fortaleza. Não terá de puxar muito pela imaginação, já que o castelo encontra-se bem conservado e no centro de interpretação preenchem-lhe os espaços em branco.
Andreia Melo 2011-02-14