Foi a casa do administrador das minas do Lousal. Hoje é albergaria. Mas o espírito mineiro prevalece ou não fosse a santa que dá nome ao hotel, a padroeira dos mineiros.
Quando chegar ao Lousal, siga as setas que indicam Alojamento. Ao passar as antigas minas, onde ficam o Museu do Mineiro do Lousal e o Centro de Ciência Viva, sabe que está perto da albergaria. Fica na Avenida Frederic Velge, em homenagem ao homem que fundou as minas do Lousal e que em tempos teve o edifício onde se situa a Albergaria de Santa Barbara como morada.
Dessa época, herdou a traça típica alentejana, à qual acrescentou uma bonita parede de xisto. Apesar da decoração simples e minimalista, com predominância dos tons neutros e pastel, há outros pormenores que trazem o típico do Alentejo para a casa: os tapetes de Arraiolos na sala de estar e os desenhos florais nas portas e mobiliário. Encontra estas inscrições campestres em várias divisões da albergaria como pormenor decorativo: nos 10 quartos, na suite, na recepção e na sala de refeições.
Extracção de memórias
As minas encerraram nos anos 80 mas a localidade ainda vive dessa memória e a albergaria não é excepção. Mas se antes aqui se extraía enxofre, hoje o que se extrai são apenas umas férias pacíficas.
Restam então as memórias, para lhe atiçar a curiosidade. Se sempre se perguntou como os mineiros aguentariam horas a fio no subsolo, pode observar de perto na recepção do hotel, as máscaras de oxigénio que eles utilizariam.
Andreia Melo 2010-03-22