Hotel situado à beira do Tejo, perto do Centro de Congressos de Lisboa, foi inaugurado em Julho de 2002 e é um projecto do arquitecto Manuel Salgado. Todo o ambiente do Hotel está subordinado ao tema música, que se manifesta no mobiliário, no design e em diversos pormenores decorativos. No restaurante Falstaff poderá saborear elaboradas e criativas especialidades gastronómicas num ambiente elegante e requintado. Há ainda um bar e um health club com piscina interior.
Acessos: Junto à antiga FIL. a 18 km do Aeeoporto da Portela.Aproveitámos o quarto centenário da primeira apresentação pública de um espectáculo de Ópera (“Orfeu” de Monteverdi, em 1607) para conhecer um hotel dedicado ao tema. Aqui, a personagem principal é o hóspede. O cenário, o romântico Tejo.
Pode ser que já tenha passado por ele sem dar conta. É que o Hotel Vila Galé Ópera foi concebido para passar despercebido na paisagem ribeirinha de Alcântara, em Lisboa. O projecto do arquitecto Manuel Salgado (responsável por outra grande obra ali perto, o Centro Cultural de Belém) concebeu uma fachada à base de cinzento, com tijolo burro vermelho, pela afinidade cromática com a ponte 25 de Abril, mesmo ao lado, e com os restantes edifícios junto ao rio.
Mas se quem passa de carro ou quem olha da outra margem para a bela paisagem deste lado de Lisboa não repara no hotel, quem dele se aproxima não deixa de notar a originalidade do edifício, em forma de “U” com a inclinação certa para permitir uma constante vista para o Tejo.
A localização é um dos pontos fortes do Ópera, uma vez que não há nenhum outro com esta proximidade ao Tejo e num enquadramento tão junto à ponte. A vista dos quartos é soberba.
Outra característica interessante tem a ver com o tema. O Ópera é dos poucos hotéis temáticos em Portugal, e o único com o fascínio da música associado. Mal se entra no muito amplo e elegante átrio do hotel, reparamos que estamos perante uma interpretação moderna do universo lírico. Sofás e cadeiras espalham-se à vontade com alguns hóspedes tranquilamente à conversa. Na parede ao fundo, oito manequins estão vestidos a rigor com trajes cedidos pelo Teatro Nacional de São Carlos, dando corpo a personagens de várias obras. Conseguimos identificar sem dificuldade uma “Madame Butterfly”, pelo traje oriental, mas os restantes já carecem de ajuda (eu, inculto lírico, me confesso).
Também o bar tem nome de personagem, neste caso o de “Fidélio”, que dá título à obra romântica de Beethoven. Um piano denuncia as noites musicais que por aqui se ouvem. Às terças e quintas, por exemplo, pelas 21h00, escutam-se sons de jazz, enquanto que à sexta-feira a ópera é a protagonista, com tenores a interpretarem algumas árias mais conhecidas.
Casa dos Artistas