A poucos quilómetros de Lisboa e no sopé da Serra da Arrábida, oferece aos seus hóspedes o conforto e requinte num edifício do século XVII. O Hotel Club d`Azeitão é uma unidade hoteleira onde o azulejo é frequentemente utilizado, as paredes são cor-de-rosa e a decoração tende para as cores fortes sem fugir ao estilo clássico. Este hotel é um ponto de partida para se explorar os principais pontos de interesse da região: Sesimbra, Palmela, Setúbal e Lisboa. Nas proximidades, encontram-se praias, golf e outras actividades. Para relaxar de incursões turísticas ou de reuniões de negócios, conte com a piscina, bar e campo de ténis do hotel.
Acessos: A2 ou A12 em direcção a Palmela até Vila Fresca de Azeitão. O Hotel fica na N10.Nobres e arte à mistura
Azeitão conhecemos das tortas, do queijo e provavelmente das caves de vinhos. Mas também nos ficou a associação do local à História, com a nobreza de Quinhentos e centúrias seguintes, que em Azeitão descobriu os prazeres de um clima ameno e a beleza destas paisagens. E como para esta gente o querer é poder, vai de construir palacetes e quintas brasonadas para as grandes temporadas de ócio.
O Hotel Clube de Azeitão está instalado numa dessas casas sem grande opulência, digo-lhe já, mas ligada pela História a uma das famílias mais nobres da expansão portuguesa, os Almadas da Casa da Índia, digníssimos Condes de Carvalhais. Bom, está o dito instalado na "Quinta do Bom Pastor” ou da “Má Partilha” como também é conhecida. O porquê do nome parece evidente mas mais importante do que denominações é saber que o solar albergou uma distinta colecção de objectos de arte flamenga. E falo no passado porque actualmente esse tesouro encontra-se guardado mas exposto no Museu de Arte Antiga.
Na recepção, uma réplica do famoso quadro de Dürer “São Jerónimo” que ornamentou a capela do solar, hoje inexistente, é o único exemplo do valioso património que aqui esteve. Encontra o quadro depois das boas-vindas dadas à entrada pelas “Figuras de Convite” da reputada oficina de azulejos da terra, a São Simão.
E hoje o que se vê?
Um hotel que nem é demasiado moderno, nem clássico na essência. Nas salas e corredores, algumas peças de antiquário não caem em desarmonia com outras mais recentes, provavelmente sem história mas que ficam bem. Azulejos verdes e brancos da Oficina São Simão fazem as vezes de rodapé. A técnica é secular mas estes exemplares recentes. O mármore encarrega-se do brilho do lobby.
Na recepção, junto ao espelho que de tão antigo já pouco reflecte, repousa o piano e numa mesa ao lado as páginas abertas um livro já bem vetusto que conta o passado da quinta onde agora estamos. A lareira, é verdade...