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Taberna da Esperança

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A Taberna da Esperança está situada em pleno bairro da Madragoa. É um espaço castiço que recria o ambiente de uma antiga taberna, de atmosfera informal e acolhedora. Vai sentir-se em casa! Os objectos recordam a casa dos nossos avós, a loiça é antiga e os móveis familiares. A comida é tradicional portuguesa, confeccionada na hora com produtos frescos do dia. A ementa e os petiscos são rotativos e estão assinalados diariamente em ardósia, tem ainda aconselhamento entendido sobre o vinho (a copo) indicado para cada prato.

Dia(s) de Encerramento: Segundas, Terças
Necessidade de reserva: Aconselhável
Preço Médio: 15.00
Tipo de Restaurante: Portuguesa
Horário de Funcionamento: De terça a sexta das 19:30 às 02:00. Sábado e domingo das 13:00 às 16:00 e das 19:00 às 00:00.
Área para fumadores: Exclusivamente Fumadores
Morada: Rua da Esperança 112
Código Postal: 1200 658 LISBOA
Tel: 213962744
E-mail: tabernadaesperanca@gmail.com
Distrito: Lisboa
Concelho: Lisboa
Freguesia: Santos-o-Velho

Taberna Ideal - Lisboa


Uma casa portuguesa, com certeza


Bárbara Bettencourt

Entrar na Taberna Ideal, em Santos, é como ir almoçar a casa da avó: a comida é melhor do que o moderno gourmet e o espaço totalmente revivalista

A escriba estava reticente em partilhar a mais recente descoberta gastronómica da cidade de Lisboa que de tão aprazível, apetecia deixar em segredo. Mas enfim, depois de muita ponderação lá venceu o bem comum e por isso aqui vai sem mais rodeios: a Taberna Ideal é um verdadeiro fricassé de emoções capaz de resgatar até os comensais mais sorumbáticos da apatia. Pronto, está feito. Resta-nos arcar com as mais que prováveis consequências da ética que nos move e correr o risco de não ter lugar (são só 26), já que não é difícil reconhecer uma coisa boa quando fumega à nossa frente.

E aqui fumegam petiscos como ovos mexidos com alheira, tiborna de queijo cabra com mel e alecrim, endívias gratinadas com queijo e redução de ginginha ou empadão de codorniz com alheira e tâmaras. Basicamente coisas boas de antigamente actualizadas na medida certa, tanto na confecção como na apresentação. Quais serão exactamente é que já é mais incerto, porque a ementa é tão caprichosa como o destino. O que está afixado nos quadros de ardósia preta que forram uma das paredes depende sempre das coisas boas que as proprietárias Susana Felicidade e Tânia Pereira desencantaram nos mercados.

De terça a quinta e aos domingos há também dois pratos do dia. Coisas como bacalhau à Brás; rojões com arroz e batata frita caseira; bolinhas de carne com queijo mole acompanhado de massa fresca; ovos escalfados com ervilhas ou açorda de bacalhau. Tudo feito com desvelo, sem o peso da rotina e da obrigação. Apeteceu fazer, fez-se. Um mimo.

Esta filosofia (ou ausência dela) faz sentido aqui, porque não estamos num restaurante comum. Não é que as proprietárias sejam anarcas, nem se trata de um espaço moderno a repescar ementas da taberna antiga e com umas ideias modernaças de abolir o menu. A ideia foi, nas palavras de Tânia e Susana, pegar no melhor que as tabernas tinham - a comida, a informalidade e o convívio – e torná-lo perfeito nos dias de hoje, ou seja, mais confortável. Basicamente, é como ir almoçar a casa da tia Emília ou da avó Alzira que cozinham lindamente, mas neste caso os dotes de culinária são exercidos por Susana Felicidade, que trocou os códigos civis pelas panelas e a toga pelo avental, tudo para nosso benefício.

Retro, quase kitsch e muito saboroso

2008-11-26
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