Típica de Almeirim, a receita desta sopa está associada a uma lenda. Conta-se que um frade, já cansado e com fome após uma longa jornada, bateu à porta de um solar e pediu à cozinheira que o deixasse fazer uma sopa mas que não se preocupasse, pois precisava apenas de um tacho, água, sal, além do seixo do rio que já trazia. Mas assim que a água começou a ferver, o frade começou a pedir, um a um, vários ingredientes: um bocadinho de feijão, depois um enchido, a seguir uma couve... O resultado foi uma suculenta sopa que permanece símbolo do engenho humano. Ainda hoje faz parte da tradição ser servida com um seixo ou uma pedra pequena.
Dicas para a confecção: Escalda-se e raspa-se a orelha de porco, leva-se o feijão a cozer em água com a orelha, os chouriços, o toucinho, as cebolas, os alhos e o louro, e tempera-se com sal e pimenta. Quando a carne estiver cozida retira-se e colocam-se as batatas e os coentros. Quando a batata estiver cozida, retira-se a panela do lume e introduzem-se as carnes e uma pedra, que deve ir na terrina.