Miróbriga era o mais importante centro urbano antigo na costa alentejana e a sul de Salacia (Alcácer do Sal). A sua importância provém da sua localização, por um lado, a meio caminho entre Salacia e Lacrobia (Lagos) e, por outro, um elo de ligação entre o porto de Sines e Pax Julia (Beja). A ocupação do local remonta aos séculos IX ou VIII a.C., embora as estruturas romanas visíveis datem de meados do século I d.C. Desde o terramoto de 1755 até aos nossos dias muitos arqueólogos têm realizado intervenções no local. A função da cidade de Miróbriga não está totalmente esclarecida. Por possuir poucas estruturas habitacionais, poder-se-ia concluir que ali existia uma população reduzida; mas, por outro lado, o facto de haver importantes estruturas destinadas à utilização pública leva a pensar que seria um número bastante limitado de cidadãos. Pode, assim, concluir-se que o conjunto de edifícios, situados na acrópole, se destinariam a uma população «migratória» que periodicamente se dirigia a este local. Os três templos situados em cima do morro, seriam, mais do que um fórum, um espaço sagrado, um santuário com raízes anteriores à época romana. A cidade é constituída pelo sítio urbano, com as casas, os arruamentos, os edifícios públicos e o hipódromo. (Monumento Nacional)
Horário de visita: De terça a aábado das 9:00 às 12:30 e das 14:00 às 17:30.Domingo das 9:00 às 12:00 e das 14:30 às 17:30.Termas no centro do antigo povoado e casas com sistemas de esgotos. Já lhe dissemos que estamos a falar do século IX a.C.? Para visitar o passado não é precisa uma máquina do tempo, basta ir a Miróbriga, no Alentejo.
Chegou a um antigo lugar romano. Desses tempos restam apenas as ruínas que chegam para lhe ir contando a história. Na verdade não são as ruínas que o fazem mas sim os guias que o conduzem a séculos atrás. Antes ou depois da visita às ruínas, socorra-se ainda do centro interpretativo. É para isso que ele lá está.
Pouco se sabe de concreto sobre Miróbriga. Especula-se desde que o humanista André de Resende escrevia sobre o povoado em pleno século XVI, que fosse o mais importante centro urbano romano na costa alentejana, fazendo a ligação entre o porto de Sines e Pax Julia, que hoje conhecemos como Beja.
Sobre a fundação do povoado ou do porquê da sua dissolução, são muitas as conjecturas mas nenhuma sustentada. Que comece a visita.
Pela estrada fora
Para começo de conversa, uma advertência: aconselhamos calçado confortável. Em tempo chuvoso tenha em mente que a pedra escorrega e há descidas a pique à sua espera. Se escolher fazer a visita sozinho, use o mapa do percurso como a sua bíblia. Para que ele ajude a sua imaginação a funcionar. Está pronto para a sua visita. Numa hora estará de regresso ao século XXI.
O percurso começa nas Insulae, as casas mais modestas. No interior de algumas destas, ainda consegue ver frescos que dão uma ideia do que seria a decoração desses tempos. O tamanho das divisões pode porém intrigá-lo. O que o leitor poderia ser levado a pensar que é hoje o equivalente à sua sala de estar, seria aproximadamente o tamanho de toda a casa. E raramente alguém vivia sozinho…