Casa dedicada à cozinha italiana genuína. Utiliza na confecção dos seus pratos produtos pouco usuais e enriquecedores, como é o caso de cantarelos e boletos, não esquecendo o uso criterioso de ervas aromáticas. As combinações felizes, as matérias primas de grande qualidade e a mão certeira do tempero tornam esta casa um sítio a não perder. A garrafeira está de parabéns. Foi participante no 7º Concurso de Gastronomia das Caldas da Rainha e Óbidos, com o prato Medalhões de lombo de novilho com molho de ginga de Óbidos e uvas. Em Abril de 2010 mudou para novas instalações, num edifício recuperado no centro histórico da cidade.
Dia(s) de Encerramento: SegundasÉ difícil não reparar nele! Em plena rua Engenheiro Duarte Pacheco no centro das Caldas da Rainha, destaca-se pela sua fachada adornada em relação aos demais estabelecimentos comerciais.
Entra-se e provavelmente enganamo-nos com a porta, que puxamos para fora, mas afinal, é preciso empurrar. São coisas que acontecem, pois nem sempre os cânones da ergonomia são seguidos a preceito.
A decoração é catita, mas já lá vamos. Agora, debrucemo-nos primeiro sobre a sua cozinha, que tantas dúvidas suscita quando tentamos classificar exactamente que tipo de restaurante é. Chamar-lhe apenas italiano, poderá ser redutor. É que, embora ninguém ponha em causa a inspiração transalpina dos pratos, a grande maioria são na verdade pratos de cozinha de autor, com muitas adaptações e felizes concessões à cozinha portuguesa. Se não, reparemos que os deliciosos Medalhões de Tamboril com Risotto de Espargos e Molho de Tinta Roriz, ou os apetecíveis Tagliatelli com Escalopes de Foie-gras de Ganso, não são propriamente típicas receitas culinárias italianas. Mas isso pouco importa, pois o serviço é bom e esmerado, merecendo todo o crédito.
A iniciativa de criar uma carta pouco convencional surgiu do propósito de fazer algo diferente e, sobretudo, bem feito. Pelos vistos, parece que esse objectivo foi conseguido, muito embora, também se sirvam pizzas. E essas sim, bastante fiéis às que se confeccionam em Itália, assim como os Profiteroles de Chocolate ou o Tiramissú. Ou seja, de autor, ma non troppo!
É até engraçado, pois devido a esta particularidade da casa, segundo o proprietário, os clientes não são lá muito consensuais na hora de classificar o restaurante. Depende muito do perfil de cada pessoa e principalmente dos seus gostos gastronómicos. Para alguns é apenas o italiano, para outros são as pizzas, mas para a maioria é o Sabores de Itália. A decoração da casa é agradável e sofisticada. Os seus 60 lugares distribuem-se por mesas com toalhas verdes, não muito grandes mas acolhedoras, com espaço suficiente para se estar à vontade, conservando simultaneamente um ambiente acolhedor. Curiosamente, o Sabores de Itália também funciona um pouco como uma galeria de arte, expondo quadros de diversos artistas nas suas paredes amareladas, quadros esses que os clientes, caso estejam interessados e levem algumas centenas de euros a mais no bolso, poderão adquirir. No centro da sala destacam-se as colunas douradas, a puxar um pouco para a Domus romana. Para além disso, há também outros pequenos detalhes, como a prateleira com os frascos com vinagre, cogumelos embebidos em azeite ou simplesmente as massas cruas. Não são produtos para consumo, mas o efeito estético resulta bem. No fundo da sala, existe também um piano no bar que em tempos idos costumava animar as noites e os longos serões que se prolongavam ao fim-de-semana. Hoje em dia as notas cálidas do piano já não ecoam mais na sala, a não ser que algum cliente mais dotado para as artes musicais, decida desentorpecer os dedos, percorrendo o longo teclado, fazendo soltar as notas. Resumindo, a relação qualidade-preço é adequada, dado o excelente nível do serviço. E para quem pretenda uma refeição mais barata, a pizza pode ser a solução ideal.