Trata-se de um restaurante simples e familiar. A aposta gastronómica vai para a cozinha regional portuguesa.
Bar/Sala de espera: Bar e Sala de EsperaSubindo a íngreme Rua das Taipas, numa das zonas mais bonitas do núcleo histórico da cidade do Porto, quase a chegar ao largo da extinta Cadeia da Relação, uma tabuleta simples chama a atenção pela peculiaridade do nome, Rei dos Galos de Amarante.
Corresponde no interior, não tanto à peculiaridade mas mais ao título indicado, de rei, subentenda-se, dos galos e de Amarante. A história desta simpática e acolhedora casa é parecida com muitas outras que representam a passagem das gentes província para o centro do burgo.
No ano de 1966, como pode comprovar pelo curioso relógio onde as horas são representadas por galos, bem visível numa das paredes, o casal Maria Rosa e José Rodrigo Pereira arriscou no serviço de restaurante no centro do Porto. E apostou bem, como a sua continuidade comprova. Os trunfos da aposta foram a qualidade, genuína dos produtos utilizados, os galos lá está, os legumes e o bacalhau, para ficarmos pelos principais.
Produtos de primeira
Essa veracidade ainda “importada”da produção caseira de província, é uma garantia da qualidade do que se pode comer no Rei dos Galos. Convém não deixar de referir que o tratamento na cozinha destes produtos é a condicionante da sua diferença. E aqui o mérito é de D. Maria Rosa, uma verdadeira personagem. O seu talento culinário conjugado com a veracidade da sua simpatia já a levou à rádio e à televisão.
Qual é o seu truque? Seguir com a inspiração da sua mão experiente receitas de casa, concedendo em algumas um toque pessoal. Que não tem nada a ver com modernices pois não sai nunca da área que tão bem controla.
As especialidades
Como não podia deixar de ser o galo é quem aqui comanda. Com direito a distinção de uma placa de mármore gravada com o reconhecimento da Academia do Rei dos Galos, uma homenagem merecida de antigos habitués da vizinha Faculdade de Psicologia.
Assim, o galo de cabidela, em arroz, excelente, tem apenas a limitação de necessitar de cinco pretendentes para a respectiva confecção. Mas é tão apreciado que já há dias fixos durante a semana para os seus clientes. O bacalhau à moda da casa, desfiado e com batata frita às rodelas e maionese, é outro alvo de procura.
No pratos do dia, tem a segurança da escolha, sem marcação fixa mas com exemplo, como, lá está ele mais uma vez, o galo, agora bem estufado com cebola e tomate ou os bolinhos de bacalhau servidos com arroz solto, caso raro pelos dias de hoje, e saboroso, do mesmo com umas couves tenras, passadas em azeite de primeira a acompanhar. O esparguete à moda da dona Rosa, receita com segredos, também tem os seus adeptos.
Clientela variada