Fica na rua das marisqueira (como é conhecida a rua Roberto Ivens, em Matosinhos) e oferece o melhor da cozinha tradicional portuguesa, com a inconfundível marca do chefe Pedro Nunes, do conceituado S. Gião, em Moreira de Cónegos. Um espaço amplo, dividido em várias áreas com uma decoração arrojada e moderna, com pequenos apontamentos que denunciam um certo espírito retro, como o mobiliário antigo. O vermelho é a cor que predomina, a contrastar com as paredes brancas, estabelecendo a atmosfera. O "mezannini" oferece uma vista panorâmica sobre o espaço, seduzindo aqueles que por aqui passam.
Dia(s) de Encerramento: Domingos, Segundas (Almoços)quarenta e 4 não é o número da porta deste recentemente aberto restaurante, na rua Roberto Ivens com o porto de Leixões por perto. A razão de ser do número que dá o nome ao restaurante e funciona graficamente com eficácia, é outra. Mas é mistério que fica para o cliente próximo desvendar “in loco”.
Entre Moreira de Cónegos e Matosinhos
Pedro Nunes é um nome que dispensa apresentação no circuito gastronómico nacional, e não só, pois da vizinha Espanha, com a maior incidência galega, como seria de esperar pela proximidade, a afluência é muita e fiel. Como por estas minhas escolhas já foi falado e descrito, Pedro Nunes demonstra no S. Gião o que é lidar com arte na cozinha. Resolveu recentemente, em regime de sociedade, abrir este curioso quarenta e 4, num antigo armazém recuperado.
Tem uma grande vantagem, o parque de estacionamento situado mesmo em frente no fim da rua Ivens, mais conhecida pela rua das marisqueiras. O quarenta e 4 embora tenha mariscos e dos bons, afasta-se totalmente do espírito da marisqueira.
À entrada, a imponência da porta cobre com os seus esculturais puxadores, chama logo a atenção. Desvendam-se ainda cortinas semi transparentes que acentuam o seu toque de luxo e de diferença. Entra-se e depara-se com o tal armazém, imenso, adaptado a vários tipos de situações, em espaço aberto. Apenas um biombo separa a zona da cozinha.
À entrada, uma sala confortável, que tanto pode ser de espera como bar, reforçando o toque luxuoso referido.
O balcão, de suporte ao bar, onde a profusão das garrafas prenuncia a variedade da escolha, com os seus bancos altos em couro, tanto serve para almoçar ou jantar como para provar o prego em pão do quarenta e 4, já com estatuto de especialidade. À direita, a garrafeira sofisticada deixa ver algumas preciosidades vinícolas.
Bem expostos em gelo estão os mariscos. Tigres, carabineiros, gamba gigante, percebes e também os peixes, que poderão ser conforme o mercado, rodovalho, robalo, pescada, entre outros.
Ainda nesta sequência ficam as mesas, que se prolongam numa espécie de galeria que funciona num andar superior.
Cozinha de força
Neste ambiente requintado há muito por onde escolher. Comecemos pelas recomendações que por alguma razão assim se destacam na lista. E destacam-se bem pois tanto a salada de lavagante como noutro género completamente diferente, o fotografado pernil recheado com legumes e puré de cogumelos, são efectivamente excelentes recomendações. Destaca-se a qualidade dos produtos utilizados, característica habitual de Pedro Nunes e há que ter em conta a preocupação demonstrada na apresentação dos pratos. Essa preocupação estendeu-se às mesas onde as toalhas são de algodão de primeira, o serviço branco, do melhor, a realçar o faqueiro de um requinte fora do vulgar.