Situado numa zona privilegiada, junto à Fundação Calouste Gulbenkian, oferece um serviço de cozinha tradicional portuguesa de qualidade. Ambiente simples e confortável, muito frequentado por famílias ao fim-de-semana e local privilegiado para negócios durante a semana ao almoço.
Bar/Sala de espera: Bar e Sala de EsperaApesar da história estar contada na parede deste restaurante, através das muitas páginas em que foi notícia, quem hoje come n’ O Polícia pode ainda não saber o caso sério que foi chegar aqui. Começou por ser Casa de Pasto na actual Avenida de Berna há mais de 100 anos, porém hoje é um restaurante de pergaminhos. Corria ainda o século XIX para o final quando Teotónio Lázaro Miranda trocou a farda de agente da PSP pelo avental. O livro começava a escrever-se.
O casamento com uma empregada de uma família abastada veio consolidar o negócio. Desta união nasceu o pai do actual proprietário que também ali ajudava. Aos 14 anos, a mãe, natural da Lourinhã, fugiu de casa e das condições de vida difíceis. Tentou a sorte em Lisboa e demorou um dia inteiro a cá chegar que nem os “carros” nem as “estradas” eram o que são.
À cozinha da então taberna veio ter, (que nesta altura já tinha mudado de instalações para onde hoje se encontra), e ao filho do dono, que à data geria a casa, ficou “presa”. Ele com mais 14 anos que ela. Aqui se conheceram, namoraram e literalmente casaram. Não havia tempo a perder. O registo ao restaurante os veio casar. O resto já se imagina. Teotónio Lázaro Miranda ficou com o mesmo nome que o seu avô paterno, o fundador e O Polícia. É ele que hoje gere o restaurante com a ajuda das suas duas filhas, as dignas representantes da quarta geração.
Uma casa com mais de um século, uma migalha de tempo para alguns dos clientes mais antigos que ainda se lembram do tempo que aqui funcionava um armazém e se descarregavam produtos frescos vindos directamente das hortas.
Quer aceda ao restaurante pela Conde Valbom, e consequentemente pelo bar, ou pela Marquês Sá da Bandeira, encontrará a figura do PSP com a farda de finais do século XIX. As várias salas vão dar a um corredor que exibe orgulhoso a famosa montra de peixe, o grande chamariz da casa. Há sempre alguém que se aproxima para comprovar da frescura. Amêijoas que depois vão vir à Bulhão Pato ou à Polícia, o cherne, o linguado da Traineira, o peixe galo, as ovas e o que mais o mar diariamente der... Cozidos ou grelhados guarnecidos com legumes mistos, bem à moda do agricultor. Se o pescado for frito, é o arroz de tomate ou a salada mista que lhe assiste. Tal como numa tradicional casa portuguesa.
À nossa mesa chegou garoupa grelhada que se desmanchava em lascas brancas à simples passagem do garfo. É Portugal à mesa, do norte ao sul, da terra e do mar. Uma referência para os amigos do garfo e da gastronomia tradicional portuguesa de qualidade.