Integrado no Penha Longa Resort com a magnífica envolvência da serra de Sintra e em ambiente de sofisticação e exclusividade, o Midori é o restaurante japonês desta unidade de luxo. A cozinha propõe uma ampla variedade de especialidades nipónicas e a ementa está a cargo do chefe Pedro Almeida. As iguarias são preparadas à vista dos clientes, num autêntico show de cozinha ao vivo, numa atmosfera elegante mas informal que conjuga harmoniosamente inovação e tradição. Ganhou uma estrela Michelin em 2018.
Bar/Sala de espera: BarO Império do Sol Nascente começa a tomar conta das preferências gastronómicas lusas e a oferta de restaurantes japoneses é cada vez maior. O Midori é um dos mais antigos e tem iguarias raras na ementa.
Os portugueses acordaram para o sushi. A coisa está de tal forma que se teme o fim das bifanas, do cozido e do cabrito à transmontana. Agora é mais pedacinhos de peixe cru que manejamos na ponta de pauzinhos com a delicadeza de uma gueixa. Parece que os restaurantes indianos são os novos chineses e os japoneses ameaçam converter-se nos novos indianos (os chineses, entretanto, reabriram como lojas dos “trezentos” ou viraram japoneses). Perante tanta oferta o difícil é não ficar com os olhos em bico. Ou lança o I-ching para decidir onde vai jantar, ou começa a procurar factores de diferenciação. O Midori, situado em pleno Golf Resort da Penha Longa, tem dois: foi um dos primeiros japoneses a abrir em Lisboa, nos idos de 1993 e, além dos sushis e afins, conta com duas iguarias raras na ementa: toro e wagyu.
E agora, pergunta o excelso leitor, o que é isso de toro e wagyu? Toro é, nada mais, nada menos, do que o lombo da barriga do atum, a parte do peixe mais gorda e saborosa e também mais cara devido à sua escassez proporcionalmente ao atum inteiro. Wagyu é uma raça de vitela japonesa especialmente tenra e suculenta. Tem uma textura marmoreada graças ao elevado teor de gordura intramuscular e um teor baixíssimo de colesterol.
Já agora registe-se que a wagyu mais célebre vem da região de Kobe, no Japão, onde os bifes podem atingir somas astronómicas. Além da componente genética, o contexto em que se cria o gado contribuiu para elevar a iguaria à escala de mito: é que à falta de pasto, as vacas ficam confinadas a espaços exíguos, o que obriga os criadores a massajá-las periodicamente para relaxar a sua musculatura sedentária. O costume de acrescentar cerveja à dieta de cereais dos animais também ajudou a criar uma aura especial em redor desta carne.
São estas duas especialidades gourmet que o Midori disponibiliza, desde Janeiro, num menu especial às sextas-feiras. O toro está eventualmente disponível nos outros dias para quem queira experimentar. O wagyu não, apenas porque é mais difícil conseguir a carne fresca todos os dias (a do Midori vem do Chile). Já agora um aviso: não tem de se ficar por um menu. Pode combinar pratos de toro, wagyu e até da ementa tradicional.