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Restaurante João Brandão do Hotel Quinta da Geia

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Acessos: Na A1, sair para IP3/Viseu. Passados 30 km, tomar a saída para IC6/7 em direcção a Oliveira do Hospital. Passados 40 km chega a Venda de Galizes, onde deve virar para Ponte das Três Entradas/Avô. Mais 4 km e chega à Aldeia das Dez e à entrada para a Quinta da Geia.
Acessos para deficientes: Sim
Ambiente e decoração: Decoração em estilo rústico, com conjugação de granito com madeira. Ambiente tranquilo.
Animação: Música ambiente clássica e às vezes música ao vivo.

Restaurante com sala e esplanada acolhedora com bonita vista sobre as montanhas. A ementa recai na cozinha internacional.

Bar/Sala de espera: Bar
Dia(s) de Encerramento: Não encerra
Especialidades: Entradas: Paté caseiro, Salada do chefe, Cocktail Monica. Peixe: Medalhões de Pescada com Salsa, Bacalhau à Conde. Carne: Coelho à caçador; Borrego e Rocos de novilho; Bife da Vazia com Molho Shii-Take; Perna de Borrego com Mel e Tomilho; Doces: Tarte de maçã, Mousse de chocolate, Bavaroise de Damasco, Tiramisú, Crepes.
Estacionamento: Sim
Horário de Encerramento: 22:30
Lotação: 55
Necessidade de reserva: Aconselhável
Período de Férias: Mês de Janeiro
Preço Médio: 30.00
Recomendado para grupos: Sim
Sanitários para Deficientes: Sim
Serviços: Esplanada
Tipo de Restaurante: Portuguesa, Internacional
Horário de Funcionamento: 12:30 - 14:30, 19:30 - 21:30
Área para fumadores: Não Fumadores
Morada: Largo Terreiro do Fundo do Lugar
Código Postal: 3400 214 ALDEIA DAS DEZ
Tel: 238670010
Site: www.quintadageia.com
Distrito: Coimbra
Concelho: Oliveira do Hospital
Freguesia: Aldeia das Dez

Restaurante João Brandão – Oliveira do Hospital


Quer chova, quer faça sol.


Ana Marta Ramos

Pode até estar muito frio, aqui para os lados de Oliveira do Hospital, nesta altura do ano. Tanto, que o gelo cobre as estradas, sobretudo nos troços à sombra, requerendo velocidade muito reduzida aos automóveis e atenção redobrada aos condutores. Mas a verdade é que um dia de Inverno solarengo enche a paisagem de brilho. A água é abundante por aqui, pelo que nos cruzamos frequentemente com um rio ou uma fonte natural. E as árvores, mesmo que enregeladas, exibem os seus mantos – verdes, contra todas as probabilidades.

Ambiente de lenda

Encontrar o Restaurante João Brandão, com o nome a lembrar o lendário bandido que aterrorizou as Beiras nos finais do século XIX, não constitui problema. Alguns metros depois de chegarmos à Aldeia das Dez, a entrada do Hotel Rural Quinta da Geia surge, muito bem assinalada. Estacionamos o carro dentro da propriedade e temos ainda tempo para lançar um olhar à vista assombrosa que se obtém a partir daqui: as Serras da Estrela e do Açor emolduram o cenário. Adiante, que lá dentro a temperatura deve estar bem mais convidativa!

O Pedro e o Tiago são os dois dálmatas da casa, que recebem os visitantes com uma simpatia silenciosa e bonacheirona, bem ao jeito da raça. Mal pomos um pé lá dentro, sentimos a temperatura do corpo a recuperar e, passados alguns instantes, o frio já é coisa do passado. Confortáveis, podemos agora apreciar o que nos rodeia.

Confortável é, igualmente, uma palavra muito adequada à descrição que se segue. O granito e a madeira dividem as principais tarefas na sustentação do edifício, enquanto que as cores quentes usadas nos estofos, nas tapeçarias e nas diversas paredes conferem luz e alegria ao ambiente. O bar do restaurante é um prodígio de pormenores: as pipas de vinho, os frasquinhos de compotas e azeites caseiros, os bonecos artesanais e as flores secas, criteriosamente distribuídos, compõem a imagem pretendida: rural, mas sofisticado.

O segredo está nos pormenores

Também o piano, à entrada, coberto de livros de arte e de viagens, confere um toque de nobreza ao conjunto, reforçado pelo elegante louceiro bem apetrechado e pela exposição de pintura que cobre as paredes. Ouvimos música suave, clássica e jazz, e enquanto nos acendem a longa vela da nossa mesa podemos ler a frase que decora duas das paredes principais, e que se torna no principal elemento decorativo: “Um dia de chuva é tão belo como um dia de sol. Ambos existem. Cada um como é.” Fernando Pessoa.

2005-01-18
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