Situado no alto do Parque Eduardo VII, bem enquadrado pelo Jardim Amália Rodrigues, abriu as portas a 11 de Novembro de 2004. É um espaço moderno, com paredes envidraçadas que deixam usufruir a vista magnífica que se oferece: o parque, o castelo, o rio e a paisagem urbana. A cozinha, da responsabilidade do chefe Joachim Koerper, "alemão de nascimento e mediterrânico de adopção", baseia a sua oferta em pratos confeccionados com os melhores produtos nacionais disponíveis em cada época, apresentando uma ementa renovada a cada estação.
Dia(s) de Encerramento: Domingos, Segundas, FeriadosÉ Lisboa que se nos apresenta assim que nos sentamos numa das mesas do recém inaugurado Eleven. O Parque Eduardo VII, o castelo e o Tejo, essa manta ora azul ora acinzentada que embeleza esta paisagem. Em dias de sorte que coincidem com tempo claro, o alcance vai até Palmela. Inspiradora, a vista.
O edifício, desenhado com linhas modernas e minimalistas, leva a assinatura de João Correia e funde-se tão bem na envolvente, o Jardim Amália Rodrigues, que chega a passar despercebido. Porém, se de dia as atenções estão voltadas para a beleza da cidade, quando a noite toma conta do céu o ambiente vira-se para dentro, ficando mais intimista.
Embora muito do mérito do espaço seja da localização e da panorâmica, a decoração de interiores nada ficou a perder. Madeira, cortiça, xisto e ferro são materiais que se harmonizam para oferecer um maior conforto. No plano artístico, os painéis de fotografias têm a marca Jorge Cruz e reportam-se à envolvente do restaurante. São formas algumas caleidoscópicas, outras distorcidas e figurativas que ornamentam as paredes.
A cozinha logo ali ao lado e que se avista por entre a garrafeira de qualidade revela, por detrás da apresentação requintada, produtos nacionais. Ainda assim, é mais correcto classificarmos o tipo de gastronomia de mediterrânico.
Os alimentos do dia e da época têm grande uso na casa. Falamos de produtos frescos porque só eles podem garantir a elevada qualidade que se exige numa alta cozinha que já fazia falta a uma cidade como Lisboa. Para perceber melhor o conceito há a hipótese de assistir à confecção dos pratos e ao profissionalismo dos seus executantes. Uma mesa colocada nos bastidores do restaurante, que curiosamente é um dos palcos onde se joga o sucesso de uma casa, convida 4 a 6 comensais a assistir de perto a este espectáculo artístico.
Joachim Koerper, o chefe e um dos sócios, não só sabe como conquistar as bocas como também as estrelas do mais famoso guia gastronómico. É seu o famoso Girasol em Alicante detentor de duas estrelas do Guia Michelin. Abre a experiência gastronómica, uma surpresa diária que o chefe cria, antes mesmo de se avançar para as entradas. Um mimo que não consta da lista.
Depois de aguçado o apetite, os sentidos concentram-se nalguma das escolhas seguintes da carta. Triângulos de Garoupa com Cogumelos Selvagens e molho de Açafrão ou até mesmo o Tornedó de Vitela com molho de Vinho do Douro, Tutano e Talhatines feitos por nós são deliciosas alternativas aos menus.
Para quem vê na alimentação um prazer e não uma obrigação, o mais indicado será uma experiência de verdadeira degustação, uma das componentes fortes deste espaço.
O Menu Degustação conta com a apresentação de cinco pratos, cada um a seu tempo, uma selecção de queijos, sortido de sobremesas, doces e telhas. Por 79 euros com um suplemento de 29 euros para vinhos e água. Mas também há o Menu Eleven de três pratos e sobremesa à escolha de entre duas sugestões e ainda o Menu Expresso. Aquela qualidade, mas para os mais apressados...