Restaurante instalado num antigo lagar de vinhos que procura perpetuar a boa cozinha beirã. A sobriedade das paredes em granito e a imponência da lareira no centro da sala contrastam com o moderno colorido das mesas e a luminosidade interior (uma luz difusa que escasseia), atribuindo-lhe uma sensação de conforto enquanto aprecia a sua refeição e tornando-o um espaço íntimo e algo romântico. A garrafeira é dominada pelos vinhos do Dão.
Dia(s) de Encerramento: Não encerraSituado num antigo lagar que os proprietários decidiram recuperar e transformar num verdadeiro santuário à gastronomia beirã, este espaço é composto por duas salas - uma mais vocacionada para grupos e a outra mais intimista – emolduradas por paredes de granito típicas da região, muito bem decoradas com artefactos que remontam à antiga função do lugar.
O rústico impera mas a estética é uma preocupação visível e os pormenores consolam a memória de tempos idos.
As mesas estão impecavelmente compostas, com camilhas coloridas de azul e amarelo; o chão é de tijoleira e os tectos modernos, e nas paredes estão expostas serigrafias de solares de Nelas e das vilas vizinhas.
Ao entrarmos os olhos fogem em direcção aos dois buffets magnificamente expostos: o de entradas e outro de sobremesas, isto é, um para o início e outro quase de saída...
É nesse preciso momento que testamos a nossa resistência às tentações, ao apelo dos sabores e uma vez vencidos pelos sentidos, o melhor é controlar a primeira prova porque o resto promete.
Assim decidimos por debicar os enchidos da região; a morcela, o farinheira e presunto; peixinhos da horta, ovos verdes e pataniscas ... e fugimos dali.
Ainda mal nos sentámos, quando dois cálices são colocados à nossa frente acompanhados da singela explicação “Esta semana estamos a oferecer aos nossos clientes Vinho do Porto branco, gostaríamos que provassem...”
Bem Haja!. Que sitio tão bem escolhido. O serviço é eficiente, mas quase não damos por ele, porque nos deixam usufruir do espaço dos sabores e da música, cuja selecção de jazz é da melhor que já ouvi.
As opções de carne foram para um suculento cabrito em forno de lenha com batatinhas novas, simplesmente delicioso; e para o entrecosto com arroz de carqueja, uma receita antiga e muito bem elaborada.
Para o peixe elegemos o bacalhau recheado com queijo da serra, uma combinação tão divina quanto portuguesa, e finalmente os filetes de polvo com migas de couve que quase se desfazem na boca de tão macios. Há que referir que todos os pratos, sem excepção, para além de deliciosos, são muito bem servidos. A mesa fica bonita e cheia de alma beirã.
Nos vinhos a preferência vai para o Dão, - Penalva – reserva especial de 97, que acompanhou lindamente qualquer um dos pratos.
Para a doce despedida, e porque é difícil esquecer o festival de sobremesas que nos saúda à porta, optámos pelo bolo de nozes com ovos moles e para o requeijão com doce de abóbora.