Restaurante típico fundado em 1937 por Armando Machado e sua mulher, a fadista Maria de Lourdes Machado. A Adega Machado, uma das mais conhecidas casas de fado do Bairro Alto, reabriu no verão de 2012 com nova gerência, decoração contemporânea e novos espaços de animação. O fado e a gastronomia tradicional portuguesa continuam a ser o principal mote desta casa. A mítica casa de fados da Rua do Norte, reabriu com três espaços distintos: uma sala principal com 75 lugares sentados e serviço à carta, uma adega moderna, com capacidade para 30 pessoas e serviço de vinho copo e petiscos gourmet, e ainda um terraço ao ar livre. Tanto a adega como o terraço podem ser reservados para grupos e eventos, incluindo pequenas apresentações de Fado.
Bar/Sala de espera: SimDesde julho do ano passado que voltaram a ouvir-se fados e guitarradas na Adega Machado, enraizada no coração do Bairro Alto lisboeta. A histórica casa de fados completa este ano 76 aniversários e reabriu com nova gerência após três anos de intensas obras que a tornaram mais moderna, adjetivo que se estende também à filosofia da cozinha e ao próprio elenco de jovens mas talentosos músicos. No exterior a fachada revestida a azulejos com motivos folclóricos e populares do artista plástico Thomaz de Mello é inconfundível. Lá dentro estão adeptos do fado oriundos de todo o mundo.
Olhai, senhores, esta Lisboa d'outras eras
A história desta embaixada da canção nacional começou na verdade em Paris. Corria o ano de 1937 quando, do alto da Torre Eiffel um companheiro de Armando Machado lhe lançava o desafio de abrir uma casa de fados em Lisboa. Cumprido com sucesso o objetivo da viagem, um espetáculo de fado à rainha consorte D. Amélia de Orleães e Bragança, exilada em França, foi arregaçar mãos à obra e nesse mesmo ano, nascia o Barrete Verde, atual Adega Machado.
A Armando e Maria de Lurdes, o casal fundador, o fado não lhes era desconhecido. Ele compunha e tocava viola e mesmo sem saber escrever uma pauta concebeu músicas ainda hoje entoadas, tal como o Fado Lourdes e o célebre Bolero da Fronteira. Ela, cantadeira, deixou para trás a música para abraçar com sucesso a gestão da casa de petiscos e o nascimento dos cinco filhos.
Ao longo dos anos foi passando pela Adega Machado a nata do fado em noites de convívio e boémia. Chamemos à baila Mariza que aqui teve o seu primeiro palco profissional e de tempos mais antigos Marceneiro, que na Adega Machado teve o seu último local de trabalho e Amália, uma cliente assídua, de quem se diz que os almoços aqui terminavam às seis da manhã…
Os livros de honra registam visitas célebres como o Conde de Barcelona, D. Juan de Bourbon, o rei Humberto II de Savoia, o presidente Itamar Franco do Brasil e o ator norte-americano Kirk Douglas, só para citar alguns.
O Fado de Cada Um
O peso da tradição não se perdeu nem com as obras, nem com a mudança de gerência a cargo do grupo Fado & Food que também detém o Café Luso no Bairro Alto e o Timpanas, em Alcântara.