Inserido no Centro de Desportos Equestres da Companhia das Lezírias, o restaurante A Coudelaria dedica-se à cozinha regional ribatejana. É especialmente afamado o cozido de carnes bravas servido ao domingo em regime de buffet. Mas se a gastronomia é típica e tradicional, o espaço é moderno e arejado. Duas janelas em arco abrem para o verde dos campos que o envolvem, os sofás corridos são almofadados e o espaço está decorado em tons pastel, entre o verde e o creme.
Bar/Sala de espera: BarAos fins-de-semana há verdadeiras romarias à Companhia das Lezírias, famosa pelos seus vinhos e cavalos lusitanos. Só que a motivação não é vinícola nem equestre, mas sim gastronómica. Os comensais rumam ao Restaurante A Coudelaria em busca da boa comida ribatejana.
Clientes não faltam e vêm de todo o lado. De Lisboa, Vila Franca, Setúbal e da margem sul, e até há grupos organizados que chegam de autocarro do Porto e da Galiza. O segredo está na ementa. Sábado apenas buffet campestre e ao domingo o cozido bravo à ribatejana. Por 16,25 €, com tudo incluído. É obra!
Como explica o gerente, “os clientes trazem o apetite e nós tratamos do resto”. E foi dentro dessa lógica que A Coudelaria instituiu uma máxima. Quem conseguir comer todo o buffet campestre de sábado não paga a refeição.
Só que não é tarefa fácil devorar os vários pratos quentes que se apresentam, desde o Polvo à lagareiro, ao Bacalhau assado, passando pelo Arroz de pato e também pelos Lombos de porco preto. Depois há que contar com as saladas e sobremesas que incluem seis doces diferentes acompanhadas por mais cinco qualidades de frutas. Uf! No final do almoço, sempre bem regado por vinho à descrição, convém guardar forças para os digestivos.
Bem confeccionado, o banquete é de respeito e muito bem servido, tornando-se compreensível porque é que ainda nenhum cliente saiu do restaurante sem pagar a conta.
Domingo a cena repete-se, mas desta vez são as carnes do cozido que saciam o apetite. E depois de tamanha folia, é justo que encerre portas às segundas-feiras para descanso do pessoal.
Ao longo da semana a ementa vai variando entre Arroz de pato com laranja no forno, Bacalhau à campino, Novilha da lezíria no tacho com arroz de feijão e Polvo à lagareiro com batata a murro, entre outros pratos da casa.
De terça a sexta-feira não é necessário fazer reserva e, dado curioso, é a partir das duas horas que a casa começa a registar maior movimento.
Contando apenas com 80 lugares e nem mais um, a sala é ampla e sossegada, rodeada de janelas em arcadas que nos abrem os horizontes para o campo. Nos dias de provas equestres, é possível observar os cavalos e cavaleiros a transpor obstáculos no picadeiro.
Uma sugestão a reter, sem dúvida alguma, principalmente para um sábado ou domingo muito bem passado.
REPORTAGEM ACTUALIZADA EM MARÇO DE 2010