Reabriu melhorada e renovada em Março de 2005, após obras de adaptação e acessibilidade, sendo um dos espaços privilegiados da capital para os mais pequenos tomarem contacto com as actividades do mundo rural e com animais. Ocupando uma área de dois hectares, é composta por diversos espaços de lazer e equipamentos: Cozinhas (conjunto constituído pela padaria, doçaria e queijaria); Horta e Pomar; Jardim de Plantas Aromáticas e Medicinais; Estufa; Estábulos; Prados; e Oficinas de Trabalho.
Serviços: Café/BarNa Quinta Pedagógica dos Olivais, em Lisboa, crianças com “bichos carpinteiros” é o que se quer. Para fazer o pão em forno de lenha ou confeccionar compotas, para serem veterinários por uma hora ou oleiros por uma dia, para ouvirem um conto ou acrescentar-lhes um ponto. Tudo isto na companhia dos animais da quinta.
Assim que os portões se abrem, são os residentes os primeiros a dar as boas-vindas. Cada um à sua maneira. A Mimosa muge, a Sininho bale, o Obélix relincha, o Buxo urra e a Bolota ladra. O chinfrim está feito mas só assim está montado o cenário ideal para a visita. É que esta quinta, apesar dos arranha-céus do OlivaisShopping, mesmo ao pé, é como todas as outras. Mais rural era impossível.
Aqui (não) há gato
Na quinta pedagógica podemos encontrar sete animais de grande porte, 30 mamíferos de médio porte e cerca de 50 outros animais. Há cães, cavalos, burros, machos, coelhos, porcos, patos, cisnes, galinhas, vacas, ovelhas, até periquitos. Curiosamente, gatos, nem vê-los. Coincidência ou não, não os há nem no pomar, nem nos prados, nem na horta, nem nos estábulos, nem nos currais, nem na pocilga e muito menos nos escritórios.
Pormenores à parte, desde 1996 que a quinta pedagógica tem oferecido abrigo a animais, procurando sempre promover as diferentes raças autóctones portuguesas. Por isso, não é de admirar que a vaca Amora seja uma mertolenga ou que o Buxo seja um burro mirandês. É que “burros há muitos, mas estes estão em extinção”. A grande maioria destas raças pertencem a particulares ou a associações de produtores, como a Associação para o Estudo e Protecção do Gado Asinino ou a Coudelaria Nacional de Alter. Todos unidos em nome de uma causa. E é também em nome de outras causas que a quinta pedagógica estabelece protocolos com algumas instituições. A trabalhar com os animais estão pessoas envolvidas com a Direcção Geral de Reinserção Social, o Colégio Laparede, o movimento Cerci e o Chapitô.
2008-05-28