Casa de campo de arquitectura tradicional, situada nas margens da barragem de Castelo de Bode e rodeada por jardim e pinhais. Excelentes possibilidades para diversos itinerários, para além dos passeios de barco a remos e desportos náuticos na barragem, com jangada privada.
Acessos: A1- Lisboa - Porto saída em Torres Novas. A23 saída em Tomar. Primeira rotunda saída para Castelo de Bode (Barragem). 6 Km à esquerda para Alverangel e Casalinho. 1 Km Turismo Rural- estrada de terra batida à direita. 800m ao fundo é a Quinta do Troviscal.Vista divinal
À chegada, somos agraciados pelo Norte e a Bruxa, um bonito casal de labradores, que nos vêm cheirar, como se nos conhecessem de toda a vida. Dóceis, de rabo a dar a dar, seguem os nossos movimentos enquanto retiramos as malas do carro. Não nos largam e acompanham-nos até à entrada de casa, dando-nos uma recepção calorosa.
Vera, a proprietária, conduz-nos aos aposentos enquanto nos mostra rapidamente os cantos à casa, com a promessa que “amanhã vai ver que o lugar é lindíssimo”. Exagero?
De manhã, confirma-se que sim, que não houve exagero da proprietária e que a Quinta do Trouviscal é particularmente bonita, não só pela casa em si, simples e confortável, mas também pelo enquadramento, como há poucos. Agarrada à encosta, precipita-se para a albufeira de Castelo de Bode, onde a escarpa termina abruptamente dentro da límpida água. Lá em baixo existe um ancoradouro de flutuadores, onde de Verão, nem apetece sair da água tépida.
O sossego é total e a calma apenas é perturbada por vezes pelo grasnar do ganso da casa do vizinho, que fica do outro lado da albufeira. Não é um som de embalar como o canto dos rouxinóis, embora por estas bandas, os pássaros de canto afinado também abundem. De vez em quando um pardal mais atrevido pousa no pequeno muro de xisto e olha-nos, como se nos desafiasse, para em seguida esvoaçar para longe.
Doce preguiça
Sem sombra de dúvida, é paradisíaco. Deixamo-nos estar por aqui, a controlar a natureza, do conforto das nossas varandas privadas no prolongamento do quarto. Em dias de sol, é por lá que provamos o saboroso pequeno-almoço para encontrar energias que nos permitam preguiçar o resto do dia. O sumo de laranja natural, o pãozinho fresquinho, as compotas caseiras, enfim, os bons mimos do campo.
Depois, apetece ficar por ali, alguns instantes, talvez na companhia de um jornal ou de qualquer bom romance ou então, fazer como alguns clientes e conjugar o trabalho com o lazer. Apenas basta um trazer de casa um portátil e já está. Aproveita-se a inspiração trazida pelo lugar para se trabalhar.
À nossa frente, abre-se um jardim em socalco todo relvadinho, onde por vezes as crianças dos demais hóspedes podem correr, jogar à bola, ou simplesmente aproveitar a piscina rústica, onde se refrescam e dão uma braçadas para apurar a forma.
Em frente, no outro lado do da estrada de terra batida, existe um pequeno picadeiro com três cavalos, pois os proprietários têm uma paixão equestre. Porém, se estão dispostos a receber cavalos dos hóspedes que queiram trazê-los, e até a organizar alguns passeios pelas redondezas, impõem como condição que se saiba montar bem, para cederem os seus equídeos. Não é má vontade, porém, convém prevenir alguns acidentes de percurso que possam resultar da inexperiência de quem monta.