Casa de origem do século XV, integrada na Quinta do Pinheiro com actividades agrícolas. Produz queijo da serra. Situa-se a poucos Kms da cidade da Guarda e está inserida no Parque Natural da Serra da Estrela. Envolvida pelo ar puro da Serra, é um local aprazível, ideal para uns inesquecíveis dias de descanso.
Acessos: Vindo NA A25, saiDa na saída que indica Porto da Carne. Chegando à aldeia, olhe com atenção no primeiro cruzamento e verá a placa que indica Quinta do PinheiroA chegada
Ao longe, a casa parece bonita, embora muito sólida, devido às grossas paredes de granito. O estilo lembra um palacete medieval rural. Ao perto, confirma-se esta característica. O muro é alto e contorna toda a casa, permitindo apenas a entrada e saída pelos dois portões opostos. Tem lógica a arquitectura defensiva, pois no século XV nem todos os visitantes que por cá passavam tinham intenções tão nobres como por exemplo, fazer turismo rural.
A tentação é parar o carro e entrar logo para espreitar o que se esconde por detrás daquelas paredes. Mas se a curiosidade não se importar de esperar um pouco, contorna-se a casa pelo lado esquerdo e estaciona-se na garagem. Agora, em vez de se entrar pelo primeiro portão, entra-se pelo segundo junto ao muro coberto de eras, onde se destaca o brasão familiar na ombreira da porta. Entra-se à mesma.
A casa
Atravessando a pesada porta de madeira que se encontra sempre entreaberta, dá-se de caras com uma amorosa ninhada de gatos brancos que nos dão as boas-vindas. Miauuu. Recepção original, mas sem ser ensaiada. Aconteceu por acaso.
Deixando os gatos de parte, agora admira-se aquilo que há pouco se imaginou de fora, ou seja as casas. E, ainda que se perceba que por dentro existam casas modernas, com todas as comodidades, a recuperação da fachada exterior foi muito feliz, reproduzindo bem a traça beirã, onde o granito está em evidência.
Também o chão do páteo, todo ele feito em laje granítica, consegue enquadrar-se bem com o resto do conjunto. Curiosamente, esta pequena fortaleza protege três casas, embora apenas uma seja destinada aos hóspedes.
A decoração é rústica mas com bom gosto. A casa possui três quartos com uma ampla sala ao centro, onde a lareira nos dá conforto para dias mais frios. Porém, quando o calor aperta, fica-se à entrada, nas cadeiras de vime debaixo da sombra do alpendre. Entre os portões corre uma leve aragem que nos refresca, mas não totalmente, e ninguém de bom senso rejeita uma bebida bem fresquinha.
Quem procura distração encontra-a na casa em frente, pois na cave está o salão de jogos. Lá, os hóspedes têm ao seu dispor matraquilhos e a mesa de snooker para ensaiar algumas tacadas, o que é sempre uma melhor alternativa à TV.
Depois, vai-se perguntando ao proprietário, Diogo Crespo, o que há para ver. E vai-se sabendo um pouco mais da região, o que se pode e deve visitar, para além dos bons restaurantes, onde se confirma a excelência da comida beirã. Aliás, a componente gastronómica sempre foi importante na Quinta do Pinheiro, onde desde há muitos anos se faz bom queijo da Serra, pelo método tradicional.
