Situada junto ao centro de Tavira, a quinta do Caracol remonta ao século XVII. Trata-se de uma bonita propriedade em tons de branco e azul, rodeada por um jardim. O alojamento é feito em bungalows, de diferentes capacidades, separados entre si por pátios ou terraços floridos
Acessos: Em Tavira dirija-se à Avenida Miguel Bombarda e vire à esquerda pelo caminho do cemitério, até encontrar a quinta.As primeiras impressões
Poucos adjectivos mais se podem encontrar e que não caiam na redundância quando se fala de um local que por si só é deveras encantador. Uma quinta com uma estética feliz e com uma localização que espanta e atrai. Mais atributos não devem ser utilizados para não se cair no exagero.
Escondida no meio de tudo
Numa rua normal de Tavira, por entre prédios de habitação descobre-se surpreendente... uma quinta. As suas origens remontam ao século XVIII, quando era uma herdade agrícola, e se plantavam vários hectares de pomares e hortaliças. Naquele tempo, Tavira ainda estava longe dali e, não era mais do que um aglomerado de casas à volta do rio Gilão.
À entrada, apenas o elegante arco setecentista caiado de branco com rebordos em azul clarinho, indica-nos que ali está uma quinta. E no pequeno muro que deriva do arco, um painel de azulejos com um caracol pintado.
Esta casa que já antes teve o nome de família do proprietário, adoptou o nome actual, quando abriu portas há mais de 15 anos. No tempo em que ainda não era turismo de habitação, uma velha cigana explicou ao proprietário, adolescente então, que a estranha árvore plantada junto ao portão se chamava caracoleira-real. E foi daí que veio o nome.
A quinta
Finalmente atravessamos o portão para descobrir um pequeno mundo à parte, completamente oposto à paisagem da rua. O primeiro que encontramos é uma pequena alameda de gravilha, ladeada de canteiros primorosamente ajardinados, de árvores de espécies tão díspares como limoeiros ou palmeiras. E apesar da diferença, parece haver alguma ordem no meio da diversidade.
À direita avistamos logo os primeiros apartamentos, típicas casas algarvias caiadas de branco, com portas e janelas de madeiras que abrem em par. As paredes alvas cobertas de eras que se agarram do chão ao tecto, dão-lhe um ar romântico, que combina bem com a tranquilidade do espaço. E junto à porta de casa, uma placa de azulejo como nome, sempre de uma flor, como o Amor Perfeito ou a casa da Glicínia.
Lá dentro, descobrimos apartamentos espaçosos, onde não falta sequer a kitchnet equipada com o essencial. Curiosamente, não existem dois apartamentos iguais, pois este turismo de habitação resultou da reforma de uma quinta. Como tal, a casa do caseiro, o palheiro, o estábulo ou a loja dos animais foram transformados para receberem os hóspedes.