Inserida na região dos vinhos verdes, a Casa de Gatão foi construída nos primórdios do século XVIII, inserindo-se em local extremamente sossegado, possibilitando dar belos passeios a cavalo. Possui uma capela com altar de talha que outrora fora pertença da ordem de Malta.
Acessos: Apanha a IP4 para Vila Real e sai em Marco de Canavezes. Segue a placa que diz Recezinhos.Os registos já identificados referem esta quinta como uma casa agrícola pertencente à Ordem dos Templários de Leça do Bailio. Em 1714, foi ali erguida uma capela por iniciativa de uma senhora pertencente à abastada família Lencastre. Nos princípios do século passado, a bordo de um barco oriundo do Brasil, oito mil réis foi por quanto os 100 hectares da Quinta de Gatão passaram a pertencer à família que a detém hoje.
Paixão de família
Actualmente, após algumas partilhas, a propriedade soma 20 hectares. A paixão pelos cavalos determina a forte vertente equestre desta casa de Turismo em Espaço Rural, que, em tempos, possuiu uma escola de equitação, e que voltará a tê-la assim que Jorge Coelho da Silva se reformar da sua carreira no ensino universitário, o que deverá acontecer dentro de meia dúzia de anos.
Ao ensino da arte de montar a cavalo, este professor de educação especial tenciona acrescentar a hipoterapia, motivado pelos comprovados bons resultados do contacto com animais, cavalos, neste caso, no desenvolvimento de crianças portadores de deficiência. Até lá, alugam algumas boxes e reservam três delas para dois cavalos e um pónei da casa.
Aberta ao turismo há dez anos, a Quinta de Gatão recebeu este nome do lugar de Gatão, onde se situa, que pertence à freguesia de S. Martinho de Recezinhos, concelho de Penafiel. São quarenta quilómetros do Porto até aqui, grande parte deles percorridos em auto-estrada.
Tanto para fazer
Zona rica em água (e vinha), beneficia a propriedade com uma profusão de verde e de florido admirável num ano de tamanha seca como este que estamos a atravessar. Ao entrarmos na quinta avistamos logo o campo de ténis e o picadeiro. Depois de atravessada a zona das casas e da capela, chegamos à piscina. Mas as actividades estão longe de ficar por aqui: um passeio a pé pela ampla área verde da quinta dá até para nos perdermos, ou então para encontrarmos um simpático riacho de som tranquilizador. Fora daqui, os anfitriões propõem ainda passeios de bicicletas todo-o-terreno, de jipes ou de barco (no Douro, a partir de Entre-os Rios), golfe em Amarante e karting em Baltar.
Claro está que os cavalos não passam despercebidos a quem procura alojar-se aqui. Há quem peça, especificamente, para dar passeios, há quem pretenda algumas lições e há aqueles que, à falta de destreza ou coragem para mais, solicitam a companhia equina apenas durante o momento da tiragem de uma fotografia.