A sul da cidade da Costa da Caparica, onde se encontram as praias mais procuradas pela população da Grande Lisboa, a arriba ergue-se abruptamente num desnível de 70 metros de altura e estende-se por 13 km, paralela à linha da costa. Lavrada pelo oceano durante o período quaternário, a arriba encontra-se hoje numa posição recuada em relação à linha do litoral e possui um invulgar interesse paleontológico. O seu interior está repleto de vestígios de fauna fóssil. A flora distribui-se por três zonas diferentes: a vegetação dunar expontânea, o acacial e a Mata dos Medos. O acacial, que se estende por 200 hectares, da Trafaria à Fonte da Telha e engloba a faixa litoral dunar interior, foi plantado pelos serviços florestais no final do século passado, para estabilizar as dunas e secar os pântanos. No topo da arriba localiza-se o pinhal, a Mata Nacional dos Medos, classificada como Reserva Botânica que ocupa uma área com 5 km de comprimento. Junto ao limite sul da área protegida, a Lagoa de Albufeira constitui um local interessante para a observação de aves aquáticas.
Área: 1594 ha.Tema: A banhos e em paz
Pretexto: Aproveitar a versatilidade do Skoda Yeti para passar um dia diferente à beira-mar
Região: Margem Sul do Tejo/Arriba Fóssil da Caparica
Como chegar: De barco a partir dos «ferryboats» do Cais do Sodré
Local de Início: Cacilhas
Local de fim: Cabo Espichel/Santuário de Nossa Senhora do Cabo
Extensão máxima: 120 km
Características: Itinerário em linha com duas variantes com recurso pontual a vias não asfaltadas
Pontos de interesse: Monte da Caparica, Fonte da Telha, lagoa de Albufeira, falésias do Meco, cabo Espichel
Atividades: Surf nas praias da Caparica; prancha à vela ou canoagem na lagoa de Albufeira; esplanadas de beira-mar na Caparica ou Meco
Os quase 30 km de areal entre a Cova do Vapor, a lagoa de Albufeira e o Meco são um paraíso às portas de Lisboa. O excesso de afluência nos meses de Verão pode gerar uma catástrofe de proporções bíblicas, transformando o paraíso naquilo a que Bocage chamava o «averno imundo» e expulsando os eleitos do jardim abençoado.
Uma boa gestão da viagem pode minimizar a maior parte destes problemas. A começar pela travessia do Tejo: em vez de passar horas nas filas da ponte, levante-se mais cedo e vá apanhar o barco ao Cais do Sodré. Goze a viagem para Cacilhas e reveja o Tejo e Lisboa doutra, perspetiva.
Chegado à outra banda, se tiver tempo suba pela parte antiga de Almada e espreite os miradouros sobre Lisboa: o seu Yeti vai sentir-se perfeitamente à vontade neste labirinto de calçadas e cotovelos estreitos.
Se quer fazer surf ou bodyboard as condições do mar só o permitem nas imediações da Caparica. Neste caso o caminho permite-lhe uma variante pelo Monte da Caparica (universidade), para gozar a descida e a vista sobre a Trafaria, seguindo, depois, na direção da Caparica até um local adequado (que pode ser logo em São João, à entrada do casario). Escusado será dizer que, quer rebatendo parcialmente bancos, quer recorrendo às barras de tejadilho não lhe faltam opções para transportar o seu material.
No que respeita a esplanadas para fugir ao calor ou retemperar forças sugerimos nesta zona o Waikiki bar-restaurante. Daqui, para retomar o percurso, siga até à Fonte da Telha.
Se pratica canoagem ou prancha à vela, o caminho é outro mas a facilidade de arrumação do material é a mesma. Neste caso, em vez de ir pela Trafaria, saia da via rápida para a Charneca da Caparica e Fonte da Telha.