O Lapa Palace, construído a partir de um Palacete de 1870, foi inaugurado em Março de 1992, tendo sido adquirido posteriormente, em 1998, pela Orient-Express Hotels. Este Hotel possui 109 quartos, incluindo 16 suites, 1 Royal Suite e o Tower Room, todos decorados com base em vários estilos, desde o design Português do século XVIII à Arte Deco.
Acessos: A 12 km do Aeroporto da Portela. E01 (Eixo Norte/Sul)Primeiras impressões
O empregado abre-nos a porta do carro e saúda-nos com um “bem-vindo ao Lapa Palace”. A partir de então, como deve ser em qualquer hotel de classe, não se faz mais nada e confia-se no profissionalismo de quem nos atende.
Este não é um hotel comum, a começar pela sua arquitectura. Respira-se uma atmosfera muito especial naquele palacete que durante décadas foi a residência oficial dos condes de Valenças, até que no início da década de 90 o engenho dos arquitectos o transformou em hotel, acrescentando-lhe três andares... para baixo.
A fachada manteve-se mas a filosofia de palacete também. É impressionante o espólio que sobrou dos aristocratas que lá viviam, como o mobiliário antigo ou a tela do tecto pintada na sala Columbano.
Depois o bom gosto acabou por fazer o resto, completando o que faltava como o serviço de estanho que adorna a sala gótica onde o Conde de Valenças esgrimia, que afinal não é mais que uma réplica do original.
Passadas as apreciações e primeiras impressões é altura de entrar e atravessa-se o hall que apesar de não ser excessivamente grande é amplo q.b. Tudo parece estar bem enquadrado com conta peso e medida, a começar pelo bonito chão de mármore com figuras geométricas, para terminar nos elegantes candeeiros que pendem do tecto.
A recepção é discreta e fica logo à esquerda. Em frente está o Hotel Cipriani, o restaurante do Lapa e, à direita descobre-se a sala gótica. Depois a visão descortina o bar, assim como a sala de leitura onde alguns dos hóspedes gostam ver televisão ou simplesmente conversar.
A caminho dos elevadores ninguém fica indiferente a algumas das montras das lojas do hotel. Os artigos são de eleição e de jóias a charutos, encontra-se um pouco de tudo. A primeira impressão é muito positiva e nota máxima ao trato dos empregados, eficientes e simpáticos.
Quarto com vista sobre a cidade
Não, não é o título de nenhum filme clássico, apesar do hotel ter à disposição dos hóspedes todos os filmes oscarizados da academia de Hollywood. Ah, e sem sistema pay per view. Escolhe-se o filme da lista, telefona-se para a recepção e passado dois minutos o empregado toca-nos à porta com a vhs na mão. Pena é que estejam na versão original, sem legendas.
Filmes à parte é mesmo da vista que se fala e as suites júnior têm das melhores vistas sobre Lisboa e o Tejo.
Por volta da hora do jantar, quando o manto negro da noite já se abateu sobre a capital, Lisboa revela-se noutra perspectiva desconhecida. Luzes, carros, telhados e principalmente o rio Tejo, que brindado pelo reflexo da lua cheia, se assemelha a um manto prateado e tranquilo, apenas importunado pelos cacilheiros, que vistos de tão alto posto de vigia, parecem ser brinquedos.
São momentos como estes que nos ficam gravados na memória, para recordar mais tarde. É então o momento certo para tomar um aperitivo na varanda, à medida que toca o alarme do nosso relógio biológico e então percebemos que é tempo de jantar.
De volta à recepção, o nosso destino é apenas um: o restaurante do hotel, o afamado Cipriani. Decoração requintada, onde se degustam especialidades venezianas e italianas, como risotto, o carpaccio, as pastas e para terminar em beleza, o tiramisú.
Finda a refeição, ruma-se até à sala ao lado, onde no Rio Tejo Bar, se dá dois dedos de conversa ao som do piano e também se aproveita para saborear algum digestivo.