Ao chegar à Aldeia das Dez, depressa se compreende por que razão é apelidada de Aldeia das Flores. O quadro geral é delicioso: dos cerca de 500 metros de altitude a que se encontra, avista-se o rio Alvôco, a serra da Estrela, a serra do Açor e um não mais acabar de verde, entrecortado por pequenas construções de xisto e granito. O hotel, obra de dois empreendedores holandeses rendidos aos encantos da região, coroa a propriedade de sete hectares. Os quartos em estilo rústico requintado, muito confortáveis, oferecem vistas assombrosas sobre a paisagem. A sala de estar é apetecível para ler à lareira, ver televisão, jogar xadrez ou conversar. As paredes do afamado e acolhedor restaurante são também galeria de arte. Lá fora as muitas floreiras imprimem cores alegres ao granito e a esplanada debruça-se sobre as piscinas e o barbecue, cenário das já lendárias festas de mudança de estação da Quinta da Geia. No verão de 2013 recebeu a classificação de quatro estrelas.
Acessos: Na A1, sair para IP3/Viseu. Passados 30 km, tomar a saída para IC6/7 em direcção a Oliveira do Hospital. Passados 40 km chega a Venda de Galizes, onde deve virar para Ponte das Três Entradas/Avô. Mais 4 km e chega à Aldeia das Dez e à entrada para a Quinta da Geia.Aldeia das Dez é o nome que procuramos no mapa, quando nos dirigimos para o Hotel Rural Quinta da Geia. Ao chegarmos a esta freguesia do concelho de Oliveira do Hospital, depressa compreendemos por que razão é apelidada de Aldeia das Flores. O quadro geral é delicioso: dos cerca de 500 metros de altitude a que se encontra, na encosta Norte do Monte do Colcorinho, avista-se o rio Alvôco, já perto de desaguar no rio Alvor, a Serra da Estrela, a Serra do Açor e um não mais acabar de verde, entrecortado por pequenas construções de xisto e granito.
A história
Fir Tiebout e Frenkel de Greeuw, holandeses, tinham por hábito passar férias em Portugal, tendo ficado a conhecer vários pontos do nosso território. Foi em 1993 que, apaixonados pelas terras lusas, começaram a pensar em mudar-se para cá, de preferência para uma quinta. As buscas levaram-nos às imediações da Serra da Estrela, onde acabaram por adquirir aquilo que era, na altura, um monte de pedras à entrada de uma aldeia que lhes pareceu encantadora.
Só então começaram a familiarizar-se com a história e as características do local. Inicialmente, a Quinta da Geia era usada para fins exclusivamente agrícolas. As construções chegaram mais tarde, existindo ainda hoje alguns vestígios, devidamente integrados no edifício do hotel, que remontam à primeira metade do século XVIII. Esta propriedade desempenhou sempre um papel fulcral na vida económica local, uma vez que, como principal produtor de fruta da região, empregava grande parte dos habitantes da aldeia, responsáveis, entre muitos outros feitos, pelos primeiros morangos a chegar ao mercado todos os anos.
Assim nasce um hotel
Também a envolvência da quinta ajudou a despertar o “bichinho” hoteleiro nos seus novos proprietários: a Aldeia das Dez, património histórico, a Serra da Estrela, as matas e os cursos de água, a gastronomia beirã. Tudo ingredientes para um empreendimento turístico bem sucedido. E, de facto, no dia 18 de Maio de 1998 foi inaugurado o Hotel Rural Quinta da Geia – depois de Fir Tiebout e Frenkel de Greeuw terem decidido mudar-se para Portugal muito antes da idade da reforma, numa reviravolta radical nas suas vidas. Enquanto um deles assume o leme gastronómico o outro encarrega-se da decoração e, juntos, edificaram uma referência do turismo rural serrano.